A abertura da 9ª edição do Congresso Internacional de Neurociências e Aprendizagem – Brain Connection aconteceu, nesta terça (29), no auditório Sérgio Guerra, na Alepe.
O evento tem o objetivo de promover uma reflexão sobre os caminhos e as possibilidades das leis inclusivas, com o objetivo de valorizar e reconhecer o trabalho de profissionais e indivíduos que se destacam na implementação de políticas públicas nesse sentido.
O Dia do B, ou Dia do Bem, como é conhecido pelos participantes, busca unir esforços para aumentar o impacto positivo das ações voltadas para o bem-estar e a inclusão de todos.
A presidente do Congresso, Ângela Mathylde, já se comprometeu com a realização da 10ª edição do Brain Connection. “Fico muito feliz de sermos bem recebidos aqui na casa pública do Estado”, agradeceu.
Já a professora Bianca Queiroga, presidente regional do Brain Connection, ressaltou que a presença de profissionais da saúde na área da educação é de fundamental importância para o desenvolvimento dos alunos.
“A gente consegue separar quem tem falta de oportunidade de aprender, de quem tem verdadeiramente os transtornos de aprendizagem – e esses, sim, precisam da assistência na rede de saúde. Por isso, a gente defende o papel desses profissionais de saúde dentro da escola para promover desenvolvimento aprendizagem e prevenir boa parte desses transtornos que podem ser prevenidos”, afirmou.
A congressista Dayana Colen, mineira da cidade de Ibirité que trabalha na Fundação Helena Antipoff, participou do Brain pela primeira vez, a convite de Ângela Mathylde.
“Tem sido uma experiência fantástica. A visão que ela tem da neurociência aplicada dentro da educação gera boas pesquisas e é uma área de meu interesse, já que eu trabalho diretamente com pessoas com deficiência”, disse.
Propostas legislativas
A possibilidade de construir políticas públicas através das experiências apresentadas e debatidas no Brain Connection também foram abordadas na abertura e recebeu o apoio do deputado e presidente da Comissão de Educação da Alepe, Waldemar Borges (PSB).
Ele levou ao encontro cerca de 200 projetos dos parlamentares que tramitam pela Alepe com foco nessa agenda dos temas discutidos no evento.Segundo Waldemar Borges, a ideia seria reunir todos os pontos mais importantes debatidos para serem transformados ‘numa única lei’.
“Aqui, na Casa, esse assunto também não têm passado despercebido. Ele tem recebido atenção também muito especial dos deputados, de uma maneira geral’, ressaltou o deputado.
Participantes
Também compuseram a mesa de abertura a pró-reitora da UFPE, professora Carol Leandro; a diretora do Centro de Ciências da Saúde da UFPE, Daniela Feitosa; a Chefe do Departamento de Fonoaudiologia da UFPE, professora Coeli Ximenes; ainda o professor doutor Jaime Zorzi, que palestrou sobre a aprendizagem da leitura e da escrita nos transtornos do neurodesenvolvimento;
A professora Bianca Queiroga falou sobre as “Contribuições das equipes multiprofissionais de saúde para educação”; já as professoras Rafaella Asfora e Ticia Ferro palestraram sobre “Educação inclusiva no Estado de Pernambuco: desafios e possibilidades”.
O evento teve, ainda nesta terça, as palestras do professor e doutor Gustavo Nassif (“Educação para Cidadania e Transparência”) e da professora Glayse Gonçalves de Oliveira (“Neurociência e Políticas Públicas”). Esses pronunciamentos foram moderados por Douglas Moreno, procurador legislativo e ouvidor executivo da Alepe.