Dulci Amorim aponta problemas na gestão municipal de Petrolina

Em 15/12/2021 - 17:12
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CRÍTICAS – Deputada citou endividamento, falta de assistência hospitalar e distribuição de água salobra após chuvas. Foto: Nando Chiappetta

A deputada Dulci Amorim (PT) fez críticas à atual gestão municipal de Petrolina (Sertão do São Francisco), em pronunciamento na Reunião Plenária desta quarta (15). Entre outros problemas, ela citou o endividamento, a falta de assistência hospitalar e a captação e distribuição de água salobra após a ocorrência de chuvas.

De acordo com a parlamentar, a questão da água com salinidade acima da média afeta principalmente o Riacho Vitória, atingido por defensivos agrícolas contendo cloretos que são levados pela chuva. A informação teria sido dada pela Compesa, que faz a distribuição dessa água para a população.

A petista enfatizou que a situação havia sido resolvida na gestão do ex-prefeito Odacy Amorim. “Quando ele assumiu a Prefeitura, em 2007, apresentaram um projeto de R$ 30 milhões. Mas Odacy conseguiu solucionar a questão com apenas R$ 700 mil. Infelizmente, a falta de manutenção pelos prefeitos anterior e atual nos trouxe o problema novamente”, observou Dulci.

Também segundo ela, obras de pavimentação têm sido feitas com material de baixa qualidade, gerando a necessidade de reparos menos de dois anos depois. A deputada ainda lamentou que a cidade de 400 mil habitantes não tenha um hospital municipal e apontou o risco de que um descontrole na dívida possa prejudicar futuros investimentos em saúde, educação e infraestrutura.

“A gestão anterior, de Júlio Lóssio, pegou R$ 30 milhões em empréstimos, e a atual, R$ 150 milhões. Por que se endividar tanto se o Governo Federal vem enviando ministros para visitar o município e destinando inúmeros investimentos?”, questionou. Dulci teme que o endividamento possa causar atraso no pagamento de servidores e fornecedores.

Caso Beatriz

A parlamentar anunciou que apresentará requerimento para realização de audiência pública pela Comissão de Cidadania sobre o assassinato da menina Beatriz, de 7 anos. O crime ocorreu em 2015, dentro de uma escola em Petrolina. A petista espera que o encontro tenha a participação de representantes do Governo do Estado e se discuta a federalização do caso.

“A mãe, Lúcia Mota, sofre há vários anos com a perda da filha e por não saber a motivação para se assassinar uma criança com mais de 40 facadas. Ela está vindo a pé de Petrolina ao Recife, percorrendo quase 800 quilômetros, para tentar achar uma resposta”, relatou.