
INQUÉRITO – “Vamos nos manter atentos para que essa violência não fique impune”, informou a presidente, Jô Cavalcanti. Foto: Evane Manço
O atropelamento de uma manifestante em ato promovido contra o Governo Bolsonaro no último sábado (2), no Centro do Recife, ganhou repercussão na Comissão de Cidadania da Alepe. Em reunião virtual realizada nesta quarta (6), o colegiado repudiou o episódio e informou que acompanhará o inquérito policial que apura o caso.
“Vamos nos manter atentos para que essa violência não fique impune”, informou a presidente do grupo parlamentar e representante do mandato coletivo Juntas (PSOL), Jô Cavalcanti. De acordo com a deputada, a advogada atropelada e arrastada pelo veículo sofreu traumatismo craniano e teve um ligamento do tornozelo rompido. “É o segundo protesto no Recife encerrado de maneira preocupante”, acrescentou, lembrando a dispersão feita pela Polícia Militar no ato de 29 de maio.
O deputado João Paulo (PCdoB) também defendeu a punição do motorista. “Um irresponsável que utilizou o carro como uma arma”, declarou. O comunista, no entanto, elogiou a atuação das forças de segurança pública na manifestação do último sábado.
Bullying
Ainda na reunião desta tarde, a Comissão de Cidadania acatou o Projeto de Lei (PL) nº 2382/2021, que visa atualizar a lei estadual de prevenção e combate ao bullying escolar. De autoria do deputado Gustavo Gouveia (DEM), a proposição quer incluir novos conceitos para caracterizar a prática de constranger e agredir indivíduos.
Além dos atos físicos e psicológicos já previstos na norma, o PL adiciona ações de cunho sexual e de caráter social de humilhação. “Haja vista as graves consequências que a prática pode causar, mostra-se necessária a adoção de medidas de conscientização e prevenção. A alteração da legislação busca especificar os tipos de bullying como forma de ajudar na identificação das ações que configuram tais atos”, diz o autor, em justificativa anexada à matéria.