MEC pede apoio para acabar analfabetismo

Em 30/04/2003 - 00:04
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A Comissão de Educação e Cultura debateu, ontem, o Projeto Brasil Alfabetizado, que está sendo coordenado pelo Ministério da Educação (MEC). O secretário nacional de alfabetização, João Luiz Homem de Carvalho, fez uma exposição do programa e pediu o apoio do Legislativo para erradicar o analfabetismo no Estado e no País.

Segundo Carvalho, o objetivo do MEC é alfabetizar três milhões de pessoas em 2003. “Esse trabalho será feito por meio de parcerias e contará, até o final deste ano, com recursos de R$ 273 milhões do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Até 2006, esperamos ter alfabetizado 20 milhões de brasileiros”, revelou. O secretário adiantou que serão feitas duas ações: incentivo aos professores (R$ 15 para cada aluno analfabetizado) e investimento na qualidade do ensino.

Carvalho disse que os Estados, o Distrito Federal, os municípios, entidades federais, estaduais, municipais e privadas de Educação Superior; sem fins lucrativos, organizações não-governamentais que desenvolvem e executam projetos de alfabetização de jovens e adultos e organizações da sociedade civil de interesse público que já trabalham nesta área vão poder pleitear recursos do Brasil Alfabetizado. “Em Pernambuco, as cidades de Recife, Olinda, Igarassu, Santa Cruz do Capibaribe, Vertentes, Toritama, Petrolina, Orobó, Cabo de Santo Agostinho, Paulista e Camaragibe já estão para assinar um convênio conosco, beneficiando 1 milhão de analfabetos e vai gerar 25 mil empregos. Nós investiremos nesses municípios, em 4 anos, R$ 90 milhões, sendo uma média de R$ 90 por pessoa. A coordenação dessa etapa está sendo feita pela Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo (SEEA). Essa parceria com a Alepe será fundamental no intuito de gerar uma verdadeira mobilização em favor do ensino no Brasil.”, finalizou João Luiz de Carvalho.

Os secretários estaduais de Planejamento e Educação, José Arlindo Soares e Mozart Neves participaram do encontro.

“Estamos muito satisfeitos com o que foi relatado. Sem analfabetismo, teremos jovens preparados para enfrentar vestibular e, posteriormente, o mercado de trabalho, levando o nosso País ao desenvolvimento, sem desigualdades sociais”, finalizou a vice-presidente da Comissão de Educação, deputada Teresa Leitão (PT).