
CAUSAS – Coletivo defende direitos de minorias sociais, além de pautas políticas e ambientais. Foto: Roberto Soares
Com 50 anos de atuação em prol dos direitos humanos, o Grupo Mulher Maravilha foi homenageado pela Alepe em Reunião Solene nesta segunda (9). A cerimônia foi proposta pelos deputados Doriel Barros e João Paulo, ambos do PT.
Fundado em 1975, durante a ditadura militar, a organização não governamental (ONG) surgiu da inquietação de integrantes de comunidades eclesiásticas de base da Igreja Católica com o papel da mulher na família e na sociedade. O nome foi escolhido como forma de exaltar as heroínas da vida real.

INICIATIVA – João Paulo destacou trabalho da entidade: “Espaço de acolhimento e consciência crítica”. Foto: Roberto Soares
A causa se ampliou e hoje inclui questões relacionadas aos direitos de outras populações minorizadas, como pessoas negras, idosas, LGBTAQIA+ e com deficiência, além de outras pautas políticas, sociais e ambientais. “Enquanto houver mulheres que não entendem o que é feminismo e não se organizarem, o Grupo Mulher Maravilha precisa existir para resistir”, avaliou Maria de Lourdes Luna, cofundadora da organização.
Ao discursar na solenidade, João Paulo destacou a importância do trabalho da entidade. “Começou como espaço de acolhimento e consciência crítica, mas ampliou a atuação ao longo dos anos, envolvendo crianças, jovens e até homens comprometidos com a causa da equidade”, relatou o parlamentar, que presidiu a reunião.
Homenageada com um certificado de “Mulher Maravilha” pela ONG, Uilma Queiroz relembrou a participação delas na elaboração da Constituição Federal de 1988 “Não só buscaram assinaturas para as emendas parlamentares que constituíram o SUS (Sistema Único de Saúde), como também lutaram pela reforma agrária e pela saúde reprodutiva das mulheres”, afirmou.
A Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Igreja Católica e o Padre Fábio Potiguar também foram reconhecidos na ocasião. Estavam presentes na cerimônia as deputadas Rosa Amorim (PT) e Dani Portela (PSOL), entre outras autoridades e representantes de organizações sociais.