
INICIATIVA – Ação promovida pela Embaixada da Grécia é uma forma de divulgar a importância da história contemporânea da nação europeia. Foto: Jarbas Araújo
A Alepe recebeu, nessa quarta (24), uma iluminação azul e branca. A ação é em homenagem ao bicentenário da revolução deflagrada em 25 de março de 1821, que resultou na independência da Grécia do Império Otomano. Graças ao intermédio da Comissão de Assuntos Internacionais, presidida pelo deputado Romero Albuquerque (PP), a sede do Poder Legislativo pernambucano foi o único edifício do Estado a receber as luzes com as cores da bandeira grega. O prédio ficará iluminado até esta quinta (25).
A comunidade greco-brasileira se reúne todos os anos para comemorar a independência, mas, desde o ano passado, não há celebrações por conta da pandemia do novo coronavírus. Em virtude de em 2021 a data ocorrer cerca de um ano antes dos 200 anos da Proclamação da Independência do Brasil, a Embaixada da Grécia no País e a Coletividade Helênica de São Paulo decidiram celebrar a data com a iluminação de monumentos e prédios brasileiros.
Os organizadores acreditam que a iniciativa é uma forma de divulgar a importância da história contemporânea da nação europeia. Cerca de 40 mil gregos e descendentes residem no Brasil, com maior concentração nas cidades de São Paulo (SP), Brasília (DF) e Florianópolis (SC).
No País, além da Alepe, ficarão iluminados o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), a Catedral e o Museu Nacional, em Brasília; a Praça Central e o Monumento da Abertura dos Portos às Nações Amigas, em Manaus (AM); e o edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
História
Em 25 de março de 1821, a Grécia iniciou o movimento revolucionário de Independência do Império Otomano, que dominou o país por quatro séculos desde a Queda de Constantinopla, em 1453. Os conflitos entre gregos e otomanos ainda continuaram até 1831. Com o crescimento do nacionalismo revolucionário por toda a Europa, nos séculos 18 e 19, o poder do Império Otomano entrou em decadência. Foi então que, em 1832, foi assinado o Tratado de Constantinopla e a Grécia se tornou um Estado soberano.
Durante toda a dominação, os gregos foram submissos, entretanto, mantiveram sua cultura e tradição, principalmente por meio da Igreja Ortodoxa Grega, que mantinha escondidos dos otomanos os ensinamentos religiosos e a língua da nação. Esses conhecimentos formaram a base da Grécia contemporânea e o legado do período clássico.