Em 2022, mais de 33,1 milhões de brasileiros estavam em situação de insegurança alimentar. A informação é do Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado no último mês de junho. Com o objetivo de fomentar o debate sobre o tema e auxiliar no desenvolvimento e acompanhamento de políticas públicas voltadas para a questão, a Alepe instalou, nesta terça (21), a Comissão Especial de Combate à Fome.
Autora da iniciativa e presidente do colegiado temporário, a deputada Rosa Amorim (PT) destacou que “a escalada da fome é uma realidade” e que “a zona rural é a área mais afetada”. A parlamentar ainda lamentou que 2 milhões de pessoas em Pernambuco estão sem acesso à alimentação adequada.
“A cada dez pernambucanos, quatro estão em uma situação de insegurança alimentar. A gente precisa de um olhar mais atento do Poder Público, especialmente do Executivo. Pretendemos cobrar ações, projetos mais assistencialistas, visando a agricultura familiar e as periferias, para que possamos ter um projeto de combate à fome no campo e nas cidades”, frisou.
A deputada Dani Portela (PSOL), integrante da Comissão, afirmou que a maioria das pessoas em insegurança alimentar são “mulheres, mães e de áreas periféricas”. Ela reforçou que abordar a questão da fome no Brasil é “urgente e necessário”.
Além dela, são membros titulares os parlamentares Luciano Duque (Solidariedade), que assumiu a vice-presidência do colegiado, Doriel Barros (PT), eleito como relator, e Izaías Régis (PSDB). Também participaram da reunião de instalação os deputados Sileno Guedes (PSB), João Paulo (PT) e Gilmar Júnior (PV), que atuam como suplentes no colegiado junto com João Paulo Costa (PCdoB) e Rodrigo Novaes (PSB).
A primeira atividade promovida pela Comissão Especial de Combate à Fome vai ser o Seminário da Agricultura, dia 05 de abril, na Alepe.