Colegiado apresenta demandas a nova secretária da Mulher

Em 16/08/2021 - 20:08
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REDE – Delegada há 12 anos, Ana Elisa Sobreira destacou a importância de unir todas as esferas de poder em torno de um objetivo. Foto: Evane Manço

A nova secretária estadual da Mulher, Ana Elisa Sobreira, participou, nesta segunda (16), da reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alepe. No cargo há três meses, a gestora detalhou planos e ouviu reivindicações das deputadas, como a implantação de delegacias especializadas e mais investimentos em políticas públicas voltadas a essa população.

Sobreira, que é delegada há 12 anos, destacou a importância de realizar um trabalho em rede, unindo todas as esferas de poder em torno de um mesmo objetivo. “Só dessa forma poderemos desconstruir velhos conceitos em torno da figura feminina e, finalmente, proporcionar melhores condições de vida às pernambucanas, principalmente às que são vítimas de violência”, pontuou.  

“O combate à violência contra a mulher tem sido incessante no Estado, e iremos prosseguir com esse trabalho”, completou. Para a secretária, a prevenção é o melhor caminho, razão por que está empenhada em elaborar políticas públicas que garantam independência e segurança às mulheres. Lembrando a passagem dos 15 anos da Lei Maria da Penha, ela elogiou a iniciativa: “Vítimas criaram coragem para dar um basta e passaram a denunciar os companheiros”, opinou.

A presidente do colegiado, deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB), afirmou que a secretária, apesar do pouco tempo no cargo, “já demonstra que vai trabalhar com afinco”. “Ela está visitando os municípios para se colocar à disposição e acolher demandas. Existem realidades distintas em Pernambuco, como no caso da Mata Sul, que não dispõe de nenhuma delegacia especializada.”

AFINCO – “Ela está visitando os municípios para se colocar à disposição e acolher demandas”, destacou Gleide Ângelo. Foto: Evane Manço

As deputadas Laura Gomes (PSB), Dulci Amorim (PT), Roberta Arraes (PP) e Fabíola Cabral (PP) deram as boas-vindas à gestora e concordaram com a importância de se trabalhar em parceria para obter melhores resultados.

Projetos

Nesta tarde, a Comissão da Mulher apreciou e aprovou seis proposições, entre elas, o Projeto de Lei n° 1735/2021, do deputado Clodoaldo Magalhães (PSB). Acatado nos termos do substitutivo da Comissão de Administração Pública, o texto institui o código Sinal Vermelho como medida de combate e prevenção à violência contra a mulher. A vítima poderá usar verbalmente a expressão ou expor a mão com um  “X” desenhado para pedir ajuda. “De acordo com o Ministério da Saúde, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por um homem e sobrevive”, justifica o autor.

A proposta determina, ainda, que funcionários de repartições públicas e de instituições privadas, condomínios, hotéis, restaurantes e lojas deverão, ao identificar o pedido de ajuda, coletar os dados da vítima e fazer a denúncia por meio dos  telefones 190 (Polícia Militar) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher). Os estabelecimentos também deverão afixar cartaz sobre o tema.