Decisão judicial que reintegra ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) uma área de 15 hectares contida no Assentamento Normandia, no município de Caruaru (Agreste), recebeu críticas do deputado Doriel Barros (PT) na Reunião Plenária desta segunda (9). O espaço abriga há 20 anos o Centro de Capacitação Paulo Freire, atualmente coordenado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).     

“Ocupo a tribuna para denunciar essa situação e para pedir o apoio dos demais deputados para a causa. Este Poder não pode ficar omisso diante dessa medida, que quer calar a voz dos trabalhadores e trabalhadoras do campo”, afirmou o parlamentar, que solicitou suporte da Mesa Diretora para a organização de um encontro que reúna representantes do MST e do Incra.

De acordo com o petista, o Centro de Capacitação é utilizado tanto para a formação técnica quanto para o preparo político dos trabalhadores. “Os assentados usam o local para aprender formas de agregar valor aos produtos agrícolas e para debater temas como a sucessão rural, ou seja, meios de fazer com que os jovens permaneçam no campo, produzindo e alimentando o País”, explicou Barros.

Em aparte, o deputado José Queiroz (PDT) também criticou a decisão judicial. “O Centro de Formação Paulo Freire representa uma renovação no tratamento oferecido aos habitantes da Zona Rural. Estamos solidários com a luta dos trabalhadores”, afirmou.