
PROGRAMAÇÃO – Colegiado vai dialogar com representantes do agronegócio, além de trabalhadores rurais e representantes da agricultura familiar. Foto: Jarbas Araújo
Com base na apresentação feita pela economista e socióloga Tania Bacelar, a Comissão de Agricultura definiu, nesta quarta (3), o roteiro de trabalho a ser realizado até o final do primeiro semestre. O colegiado deliberou que, na próxima reunião, buscará dialogar com representantes do agronegócio e, na sequência, chamará os trabalhadores rurais e representantes da agricultura familiar.
As propostas foram feitas pelo presidente da Comissão, deputado Doriel Barros (PT). De acordo com ele, o objetivo é ouvir as demandas dos segmentos. “Esperamos que a comissão seja proativa no debate sobre dificuldades e necessidades do campo. A partir da discussão com os segmentos, surgirão projetos de lei e ações para fortalecer a agricultura familiar e os grandes produtores”, explicou. “Queremos que o campo, que dá uma enorme contribuição ao PIB pernambucano, siga gerando empregos e oportunidades.”
Durante o encontro, foi feita uma síntese dos pontos abordados por Tania Bacelar no último dia 20. Entre os desafios citados, destacou-se as necessidades de organizar produtores, criar estratégias para a agricultura familiar, ampliar a educação no campo e promover a regularização fundiária.
Antônio Moraes (PP) sublinhou a importância de um maior apoio técnico do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) para os pequenos produtores, especialmente da Zona da Mata. Na mesma linha, Isaltino Nascimento (PSB) agregou a necessidade de criar alternativas, na região, com a perda de relevância da cana-de-açúcar e do algodão.
Por sua vez, Antonio Fernando (PSC) apontou que grandes reservatórios do Estado não estão sendo usados para a irrigação, tornando a agricultura dependente do regime de chuvas. Na avaliação dele, é necessário criar pequenas e médias adutoras para aumentar a produção rural.
Fernando e Roberta Arraes (PP) trataram, ainda, sobre a necessidade de implantação de matadouros regionais para solucionar a interdição dos locais de abate de animais por não atenderem às normas sanitárias. Segundo Doriel Barros, o colegiado discutirá, ainda, normas para instalação de parques eólicos.