Brasão da Alepe

PROJETO DE RESOLUÇÃO 2494/2025

Inscreve o nome de Luiz Gonzaga no Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco - Fernando Santa Cruz.

Texto Completo

     Art. 1º Fica inscrito o nome de Luiz Gonzaga no Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco - Fernando Santa Cruz, depositado no Museu Palácio Joaquim Nabuco.

     Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Autor: Antônio Moraes

Justificativa

     Luiz Gonzaga, conhecido carinhosamente, como o Rei do Baião, nasceu na Fazenda Caiçara em 13 de dezembro de 1912, no Município de Exu, filho do Januário José dos Santos, o mestre Januário, "sanfoneiro de 8 baixos", e de Ana Batista de Jesus, foi casado com a Sra. Helena Neves Cavalcanti. 

     Luiz Gonzaga do Nascimento teve os filhos: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (Gonzaguinha) e Rosa Cavalcanti Gonzaga do Nascimento.

     Desempenhou um papel fundamental em levar a música da região nordeste do Brasil ao cenário nacional e internacional, usou o acordeão juntamente com a zabumba (um tipo de tambor) e o triângulo, ajudou a definir o gênero baião e o tornou popular em todo o Brasil.

     Cantor e compositor, teve grandes sucessos reconhecidos nacional e internacionalmente: Asa Branca, Luar do Sertão, Súplica Cearense, A Feira de Caruaru, No Meu pé de Serra, A Triste Partida, Assum Preto, Olha Pró Céu, Balance Eu, Paraíba, Pau de Arara, Cintura Fina, Danado de Bom, Riacho do Navio, Xote das Meninas, No Ceará Não Tem Disso Não, Numa Sala de Reboco, Respeita Januário, Pagode Russo, Último Pau de Arara, O Fole Roncou, Zé Matuto, Dezessete e Setecentos, Dança Mariquinha, Baião de Dois, ABC do Sertão, dentre outras.

     O Rei do Baião tinha uma capacidade enorme de misturar ritmos tradicionais com melodias cativantes, suas músicas, frequentemente, refletiam as lutas e esperanças das pessoas da região, contribuindo para uma maior compreensão e apreciação de sua cultura, sua música continua a inspirar artistas contemporâneos e é um marco da música brasileira.

     A música “Asa Branca” foi um dos primeiros grandes sucessos nacionais de Luiz Gonzaga. O disco original foi lançado pela RCA, no dia 3 de março de 1947. Segundo Luiz Gonzaga, a música nasceu como toada, com raízes folclóricas.

     Com letra de Humberto Teixeira e música de Luiz Gonzaga, Asa Branca retrata o sofrimento do povo do Sertão do Nordeste brasileiro diante da seca que assola a região e foi gravada por diversos cantores, entre eles, Dominguinhos, Sérgio Reis e Baden Pawell.

     Um artista popularmente excepcional, compunha músicas sem parar, e para isso teve parceiros fiéis, como Humberto Teixeira, Zé Dantas e Patativa do Assaré, entre outros.

     A importância de sua obra é inestimável para a história da cultura do Brasil. Poucos foram os cientistas e os historiadores que conseguiram retratar os sentimentos da alma nordestina como fez o sanfoneiro de Exu, sempre caracterizado com sua roupa de vaqueiro e seu chapéu de couro. Sua música, suas parcerias, a força empática do seu canto, fizeram dele um menestrel diferente, um poeta que abraçou, com grande devoção, a missão de dar visibilidade a um povo de riqueza e valores únicos.

     Não é à toa que sua história de vida recebeu diversas homenagens ao longo dos últimos anos: a grandeza de seu legado vem sendo cada dia mais enaltecida pelos brasileiros. Em 2012, Luiz Gonzaga foi escolhido para ser tema do carnaval da Escola de Samba carioca Unidos da Tijuca, que se sagrou campeã com o enredo "O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão".

     Faleceu em 2 de agosto de 1989, na capital Pernambucana, vítima de um câncer, o corpo foi transportado em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros para a Assembleia Legislativa, com o cortejo de milhares de pessoas.

     No ano de 2012, quando se comemorou 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, foi lançado o filme "De Pai Para Filho", narrando a relação conflituosa entre Gonzaga e Gonzaguinha. O artista recebeu várias homenagens em todo o país.

     Mesmo após 35 anos de sua partida, Luiz Gonzaga continua imortal, transcende seu legado ano após ano, orgulha seu povo, e só faz crescer uma legião de seguidores. Uma combinação simples, perfeita, dos instrumentos ideais para a execução do ritmo do baião, xote e forro: a sanfona, a zabumba e o triângulo.

     Inclui-lo no Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco - Fernando Santa Cruz, consagra e eterniza o nome do herói Luiz Gonzaga, que marcou a história do Estado de Pernambuco, cuja bravura e heroísmo contribuiu com a formação da identidade pernambucana.

     Tendo em vista, assim, toda essa trajetória do herói pernambucano Luiz Gonzaga, solicito o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente Projeto de Resolução.

Histórico

[03/02/2025 10:34:51] ASSINADO
[03/02/2025 11:29:15] ENVIADO P/ SGMD
[03/02/2025 14:34:27] ENVIADO PARA COMUNICA��O
[03/02/2025 17:11:15] DESPACHADO
[03/02/2025 17:11:30] EMITIR PARECER
[03/02/2025 19:26:47] ENVIADO PARA PUBLICA��O
[04/02/2025 01:34:29] PUBLICADO

Antônio Moraes
Deputado


Informações Complementares

Status
Situação do Trâmite: PUBLICADO
Localização: SECRETARIA GERAL DA MESA DIRETORA (SEGMD)

Tramitação
1ª Publicação: 04/02/2025 D.P.L.: 27
1ª Inserção na O.D.:




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