Pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a Comissão da Mulher vai ser composta por dez parlamentares do sexo feminino. Até então, o número de mulheres eleitas para a Alepe não era suficiente para ocupar as cinco vagas de titulares e as outras cinco de suplentes. O anúncio foi feito nessa segunda, durante a reunião em que foram eleitas as parlamentares que vão coordenar os trabalhos do grupo. A deputada Delegada Gleide Ângelo, do PSB, foi escolhida presidente do colegiado, enquanto a vice-presidência ficou com Roberta Arraes, do PP.

Gleide Ângelo destacou que a nova composição do grupo é um marco. “É histórico e isso me emociona muito, porque historicamente a gente sabe que a Assembleia é um lugar masculino. A gente sabe que de 49 deputadas só tinha na outra legislatura só tinham seis mulheres. A gente hoje tem dez. Ainda é pouco? É. Mas já é um avanço.” A parlamentar, que têm 15 anos de experiência como delegada da Polícia Civil, afirmou que a atuação no combate à violência contra a mulher vai ser uma das prioridades do colegiado. “No nosso maior enfrentamento à violência que é o crime maior, é o feminicídio. Mas só que a gente sabe que para evitar o feminicídio – e digo, é um crime evitável, temos como evitar sim – a gente precisa romper esse ciclo de violência no início, para que não chegue lá no final, então vamos trabalhar muito a questão da prevenção.”

Além de Gleide Ângelo e Roberta Arraes, a composição titular do colegiado vai contar com Alessandra Vieira, do PSDB; Dulcicleide Amorim, do PT; e Fabíola Cabral, do PP. As reuniões vão ser realizadas sempre nas terças-feiras, 11 horas da manhã.