A Alepe sediou, nesta terça, a plenária do Fórum Estadual Lixo e Cidadania de Pernambuco. A organização da sociedade civil representa o movimento dos catadores de materiais recicláveis no Estado. A atividade, realizada no Auditório Sérgio Guerra, fez parte da programação da Semana do Meio Ambiente do Poder Legislativo. 

A Presidente da Cooperativa do Trabalho dos Catadores de Materiais Recicláveis, Lindaci Gonçalves, defendeu que os trabalhadores do setor sejam contratados pelas prefeituras e remunerados por todos os serviços prestados, incluindo a atividade de educação ambiental.

“Todos os dias a gente está lá nas ruas, a gente está nas portas das pessoas pedindo para as pessoas separarem os seus resíduos para que a gente mande para a indústria. Então, nada mais justo do que quem está na rua, quem está na porta a porta, dia a dia, fazendo essa coleta, porque a gente faz educação ambiental, coleta seletiva, transporte, viagem, faz a destinação final e ainda tem o armazenamento. Então, veja quantos serviços a gente presta e a gente recebe só pela coleta.”

Já a presidente da Cooperativa dos Catadores de Plástico, Vânia Maria da Conceição, pediu a inclusão da categoria na aposentadoria especial. Para ela, o benefício previdenciário já concedido a pescadores e agricultores é pertinente, por conta da insalubridade. “A nossa profissão é arriscada. A gente está ao Deus dará para pegar qualquer tipo de doença. A gente está envelhecendo. Qual a condição que a gente tem de completar os 60 anos, 65 anos, só se aposentar por essa aposentadoria do Governo? É injusto, porque? Por que nós somos trabalhadores.”

A deputada Rosa Amorim, do PT, presidente da Comissão de Meio Ambiente, destacou como encaminhamento do encontro a atualização do número de catadores que atuam em Pernambuco, e a necessidade de se pensar políticas públicas voltadas para cooperativas, associações e catadores individuais.