Tá na lei: Bolsa Atleta incentiva esportistas de alto rendimento

Em 06/06/2025 - 09:06
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Amanda Arruda

Para Paulinho, o esporte é mais que uma paixão: é o sangue que corre em suas veias. Filho do atleta e atual técnico da Seleção Brasileira de Karate, Paulo Franco, o jovem de 19 anos se dedica a construir sua trajetória como multiatleta. Já conquistou nove vezes o Campeonato Brasileiro de Karate, é o atual campeão sul-americano nas categorias Sub-21 e Sênior da Seleção Brasileira na modalidade Kumite, e acumula inúmeros títulos do Campeonato Pernambucano.

APOIO – “Programa nos ajuda com materiais, nas viagens, em tudo”, diz Paulinho. Foto: Nando Chiappetta

Recentemente, ele incorporou também o futebol à sua rotina, integrando o time sub-20 do Club Atlético Torres. “Comecei o caratê com três anos de idade. Meu pai é meu professor e sempre me incentivou à prática do esporte, desde pequeno eu vivo nesse meio e conquisto títulos”, conta.

Quem vê os louros e os troféus, pode não enxergar os sacrifícios. O alto custo exigido para participar de grandes competições é um verdadeiro obstáculo na vida de quem pratica esportes de alto nível, causando a frustração de muitos talentos.

Apoio

Para ajudar a custear as despesas com alimentação, treino e equipamentos, foi instituída em Pernambuco a política de incentivo ao esporte conhecida como Bolsa Atleta. A Lei nº 14.542/2011 garante auxílio financeiro para esportistas de diferentes modalidades com valores que variam de R$ 380 a R$ 2.500 mensais. Além disso, o programa disponibiliza acompanhamento nutricional e psicológico gratuito.

R$ 2.500é o valor máximo do auxílio financeiro para os atletas.

O candidato precisa ter pelo menos 13 anos, estar vinculado a uma entidade de prática esportiva e ter obtido resultados relevantes em competições anteriores. As bolsas do programa começaram a ser distribuídas em 2012, a partir do detalhamento das regras no Decreto nº 38.287. Somente no ano passado, foram contemplados 940 atletas.

Paulinho destaca a importância do Bolsa Atleta e a necessidade de um maior alcance, para chegar a outros beneficiários. “O programa é muito importante: nos ajuda com materiais, nas viagens, em tudo”, explica. “Sem ele, não seria possível a prática do esporte, porque nós, atletas de alto rendimento, sofremos muito com a questão financeira. Essa ação do Governo proporciona a gente chegar a lugares que nem se imaginava.”

O jovem atleta segue na preparação para voos mais altos, em campeonatos internacionais, e sonha que um dia o caratê possa se tornar uma modalidade olímpica. “Espero chegar sempre no maior lugar do pódio, em competições mundiais, pan-americanas, olímpicas também. Quero conseguir dar o meu máximo e trazer medalhas para nosso estado, nossa cidade e minha comunidade”.