Plenário: deputados criticam falta de quórum para votar indicação do novo presidente da Adagro

Em 21/05/2025 - 18:05
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Parlamentares criticaram o esvaziamento da reunião plenária nesta quarta (21), dia em que seria apreciada na ordem do dia a indicação do médico veterinário Moshe Fernandes para assumir a presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). A designação havia sido acatada, pela manhã, na Comissão de Justiça.

Primeiro a abordar o assunto, Mário Ricardo (Republicanos) expressou preocupação com o adiamento da votação em Plenário, principalmente em um momento em que o Brasil enfrenta seu primeiro registro de gripe aviária. Ele destacou a importância de Pernambuco como um dos principais produtores de aves do País e alertou para potenciais impactos no agronegócio local.

SABATINA – Mário Ricardo destacou a atuação da Alepe para agilizar a nomeação do novo presidente da Adagro. Foto: Roberto Soares

Para o integrante do Republicanos, os demais parlamentares precisam cumprir com seu papel institucional de proteger os interesses do povo. “O que tem me surpreendido é que até uma hora dessas, senhor presidente, o Plenário tem apenas 13 deputados presentes, e nós precisamos de 25 deputados para poder aprovar o nome do presidente da Adagro, que, esta manhã, foi sabatinado e aprovado pela Comissão de Justiça.”

Ricardo, que é presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, chegou a informar ter participado de uma reunião com representantes da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), na última terça (20). Conforme registrou, o encontro contou, ainda, com a presença do presidente da Comissão de Justiça, Coronel Alberto Feitosa (PL).

Posteriormente, Junior Matuto (PSB) reforçou, em pronunciamento, as críticas feitas por Mário Ricardo. O socialista se disse surpreso com o esvaziamento do Plenário. “E hoje, alguns deputados governistas nos passaram a importância de votar e aprovar o nome da Adagro, até porque se anuncia no Brasil a gripe aviária.”

ADAGRO – Junior Matuto lamentou a falta de quórum para votar a indicação do novo dirigente. Foto: Roberto Soares

Triunfo

Luciano Duque (Solidariedade) lamentou as fortes chuvas registradas na noite da última terça (20) e na madrugada desta quarta (21), no município de Triunfo (Sertão do Pajeú). De acordo com o deputado, dados oferecidos pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) indicam que a região recebeu o maior volume de chuva do Sertão, com acumulados que já ultrapassam os 150 mm nas últimas 24h, causando diversos transtornos e alagamentos.

SERTÃO – Luciano Duque noticiou os estragos causados pelas chuvas no município de Triunfo. Foto: Roberto Soares

O deputado prestou solidariedade à população e se comprometeu a cobrar medidas para a resolução dos problemas causados pelo temporal. “Coloco-me à inteira disposição da população e da Prefeitura, reforçando nosso compromisso com a defesa da vida, a segurança das famílias e a reconstrução das áreas afetadas. Seguimos acompanhando atentamente a situação, cobrando ações emergenciais e articulando junto aos órgãos do Governo medidas que amenizem os impactos causados pelas fortes chuvas”, salientou.

Capoeira

Dani Portela (PSOL) criticou a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) pela falta de apoio aos capoeiristas pernambucanos.  

A parlamentar leu uma nota da Rede de Mulheres Capoeiristas de Pernambuco que acusa a Fundarpe de não destinar recursos financeiros para manutenção e valorização da capoeira. As integrantes da rede informaram que não vão participar da Semana Estadual da Capoeira em protesto pela falta de incentivo da gestão estadual. 

CULTURA – Dani Portela criticou a desvalorização da capoeira pelo Governo do Estado. Foto: Roberto Soares

“A Fundarpe chamou capoeiristas para participar das atividades da Semana da Capoeira sem dar nenhuma condição objetiva para isso, convidando pessoas que sobrevivem da capoeira para fazer esse trabalho voluntariamente”, relatou a deputada. Dani Portela salientou que a capoeira não pode ser usada apenas pela propaganda do Governo do Estado, mas precisa também ser valorizada pelas políticas públicas culturais.

Petrolina

Antonio Coelho (União) comemorou a iniciativa da Prefeitura de Petrolina em realizar um programa de regularização fundiária no bairro José e Maria. Segundo o parlamentar, essa é uma luta de mais de 45 anos e que vai beneficiar aproximadamente de 30 mil pessoas da região, regularizando cerca de 4.200 imóveis. O deputado destacou ainda que a medida se traduz em segurança jurídica e que isso implica, por exemplo, na obtenção de crédito. 

CIDADE – Antonio Coelho celebrou a regularização fundiária promovida pela prefeitura de Petrolina. Foto: Roberto Soares

“Nós tínhamos um capital que estava travado e que agora vai ser liberado para permitir que essas famílias petrolinenses possam buscar uma vida melhor para si. Através dessas operações, nós poderemos ter pais e mães de famílias podendo investir em seu comércio, na sua casa ou na educação dos seus filhos.”

Evento

Waldemar Borges (PSB) declarou que vai dar entrada em uma petição no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com o objetivo de denunciar os mais de R$ 41 milhões empenhados pelo Governo do Estado para realização da edição deste ano do Circuito Literário de Pernambuco (Clipe). O parlamentar voltou a criticar a governadora Raquel Lyra por ter contratado, pelo segundo ano consecutivo e com dispensa de licitação, a Associação do Nordeste de Distribuidores e Editoras de Livros (Andelivros), uma entidade privada, para produzir o festival.

“A gente não entende e repudia esse movimento que beneficia uma entidade privada para ganhar tanto dinheiro sem passar por um processo licitatório, é um absurdo. A Cepe, que é a editora do Estado, faria esse evento sem onerar tanto os cofres de Pernambuco”, cravou. A petição anunciada por Borges tem o objetivo de acrescentar os fatos novos a uma denúncia já feita ao TCE pelo deputado.     

EVENTO – Waldemar Borges voltou a denunciar irregularidades no Circuito Literário de Pernambuco. Foto: Roberto Soares

O parlamentar lembrou ainda que o valor empenhado é a estimativa do Bônus Livro, benefício dado aos profissionais da educação para a aquisição de livros, cujo uso fica restrito, portanto, ao evento literário. Borges destacou também que, além desse quantitativo estimado, somam-se mais de R$ 3 milhões referentes a contratação da Andelivros, que está realizando o evento.

Prefeitos

Coronel Alberto Feitosa comentou a participação do presidente Lula na Marcha em Defesa dos Municípios, que reuniu mais de 3 mil prefeitos em Brasília, na última terça (20). O deputado salientou que o presidente foi vaiado ao discursar no evento. 

“A reclamação dos prefeitos é clara para todos: queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios, que cada vez mais perde sua capacidade de alocar recursos para as cidades; defasagem nos valores dos programas sociais, como piso da emergência, transporte escolar e custeio do SUS.”

Feitosa criticou, ainda, uma das frases de Lula no discurso, em que o presidente disse aos prefeitos que “dinheiro não cai do céu, e é preciso fazer mais com menos”. Para o deputado do PL, Lula está descumprindo a promessa feita em campanha de dar tratamento diferenciado às prefeituras.

VAIAS – Coronel Alberto Feitosa comentou a participação de Lula na Marcha dos Municípios. Foto: Roberto Soares