Juntas realizam seminário de mulheres lésbicas e bissexuais

Em 07/11/2019 - 12:11
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PRECONCEITO - “Segmento muitas vezes é invisibilizado tanto no trabalho quanto no âmbito privado, e até mesmo nos espaços de militância.” Foto: Roberto Soares

PRECONCEITO – “Segmento muitas vezes é invisibilizado tanto no trabalho quanto no âmbito privado, e até mesmo nos espaços de militância.” Foto: Roberto Soares

Tirar da invisibilidade as mulheres lésbicas e bissexuais é o objetivo de seminário promovido pelo mandato coletivo das Juntas (PSOL), nesta quinta (7), às 14h. O evento, que ocorrerá no Auditório Ênio Guerra, na Alepe, foi destacado pela deputada Jô Cavalcanti, titular do mandato, em discurso no Plenário desta manhã.

“A população lésbica tem conseguido cada vez mais espaço, mas ainda sofre diversas formas de violência. Muitas vezes, são invisibilizadas, tanto no trabalho quanto no âmbito privado e familiar, e até mesmo nos espaços de militância política”, considerou. “Mesmo o sistema de saúde não atende a esse segmento adequadamente. Há despreparo dos ginecologistas para lidar com mulheres que se relacionam sexualmente com outras mulheres”,  alertou a parlamentar.

Jô Cavalcante salientou a necessidade de combater o ódio à população LGBT, mostrando dados da violência contra lésbicas e bissexuais. Pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou que 126 lésbicas sofreram morte violenta entre 2014 e 2017, seja por homicídio ou suicídio. “Vemos esse sentimento em um homem LGBTfóbico ocupando a Presidência da República, e também na celeuma que um simples edital destinado a mulheres LGBT provocou aqui na Alepe”, registrou a representante das Juntas.