O pronunciamento do deputado José Queiroz, do PDT, sobre os primeiros cem dias de governo do presidente Jair Bolsonaro, do PSL, gerou debate no Plenário da Alepe nesta quinta. Na avaliação de Queiroz, o período foi marcado por fracassos e contradições, desde o campo familiar até a política internacional. Ele criticou a falta interlocução com o Congresso Nacional e também o que chamou de tentativa de militarizar o Ministério da Educação. “Creio que a gente não pode se render ao que está acontecendo no Brasil. Tem tantas frentes parlamentares formadas, nós precisamos, ao invés de frente, agir. Porque o que este ministro da educação pode fazer com o país, quando a gente quiser recuperar uma educação já sucateada, vai dar muito trabalho”.
Em aparte, os deputados João Paulo, do PC do B, e Doriel Barros, do PT, reclamaram dos cortes nos programas sociais e dos termos da Reforma da Previdência apresentada pelo Executivo Federal. Dulcicleide Amorim, também do PT, disse que os mais prejudicados serão os mais pobres “E o pior é quem está lá votando para ser a favor disso, muitas vezes, não sabe o que é trabalhar de sol a sol. Não sabe o que é chegar a sessenta anos com a saúde debilitada e ter 600 reais para comer, pagar aluguel, água, luz e remédio”.
Em defesa do Presidente da República, Antônio Moraes, do PP, rebateu a avaliação de que Bolsonaro faz o pior governo da história. “Não resta dúvidas de que o presidente cometeu alguns equívocos, precisa parar de falar, porque quando ele fala, a repercussão é muito grande, agora dizer que é o pior governo, isso não é verdade. Pior do que Dilma esse país não vai ver nunca mais, eu espero que a gente não tenha o desprazer de ver”.
Joel da Harpa, do PP, também avaliou de forma positiva as primeiras medidas do Presidente da República e pediu que todos os brasileiros torçam a favor. Romário Dias, do PSD, disse que, sem reforma da Previdência, os Estados vão quebrar.