DESTAQUE – “A exposição reafirma a disposição da Alepe em estimular a criação artística e ampliar as oportunidades de desenvolvimento cultural dos pernambucanos.” Foto: Roberto Soares
No dia 22 de maio de 1930, o dirigível Graf Zeppelin, em sua primeira viagem ao Brasil, pousou no Campo do Jiquiá, no Recife. Os 88 anos dessa data foram lembrados pela deputada Teresa Leitão (PT) na Reunião Plenária desta terça (22). A parlamentar registrou a realização de uma exposição na Assembleia – iniciativa da Comissão de Educação e Cultura e da Superintendência de Preservação do Patrimônio Histórico do Legislativo – com quadros do artista plástico Marcelo Barbosa que relembram a passagem da aeronave.
“A exposição pretende reafirmar a disposição institucional da Alepe em estimular a criação artística e ampliar as oportunidades de desenvolvimento cultural dos pernambucanos”, declarou Teresa Leitão sobre as telas, exibidas ao longo desta terça no hall do Edifício João Negromonte. A deputada também lembrou que a Torre do Jiquiá, no Recife, é a última estrutura de atracação de dirigíveis ainda erguida no mundo. “A manutenção da torre, respeitando suas características originais, precisa de muito mais atenção do Poder Público, por tudo o que significa para a cultura e o desenvolvimento de Pernambuco”, afirmou a parlamentar.
A Assembleia Legislativa teve um papel de destaque na vinda do Zeppelin para o Recife, lembra a superintendente de Patrimônio Histórico da Alepe, Cynthia Barreto. “Foi o Decreto de nº 531, de 25 de abril de 1930, publicado pelo Poder Legislativo Estadual, que liberou crédito para aluguel e preparação da torre de atracação do Jiquiá”, explicou. Com 236 metros de comprimento e 30 metros de altura, o Graf Zeppelin foi o primeiro veículo aéreo a oferecer passagens comerciais para travessias transatlânticas no mundo e realizou cerca de 250 viagens para o Recife na sua história.
MOSTRA – Quadros de Marcelo Barbosa relembram a passagem do dirigível pela Capital no dia 22 de maio de 1930. Foto: Jarbas Araújo
Exposição – Os cinco quadros que compõem a exposição mostram o Zeppelin sobrevoando diversas paisagens recifenses. “Desde pequeno, eu tenho uma paixão pelos cenários do Recife da década de 30”, frisou Marcelo Barbosa. As pinturas fazem parte de um conjunto de 20 telas sobre o Recife daquela época produzidas pelo pintor. As obras foram realizadas como trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Artes Visuais, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
