Café pode ser solução para a Zona da Mata A Zona da Mata pernambucana poderá reconquistar seu lugar de produtora de café no Estado, a exemplo de Garanhuns e municípios circunvizinhos, no Agreste Meridional e Triunfo, na região do Sertão do Pajeú, outrora produzindo essa rica cultura.
Essa perspectiva é defendida pelo deputado Antônio Moraes (PSDB), o que o levou a fazer apelo ao governador Jarbas Vasconcelos e ao secretário da Produção Rural, André de Paula, no sentido de adotarem políticas agrícolas “urgentes e concretas que possam mudar a dura realidade hoje reinante na Zona da Mata Norte pernambucana”.
Para isso ele considera indispensável a construção imediata de açudes e barragens, além da adoção de uma política de diversificação no cultivo da monocultura da cana-de-açúcar e a implementação de assistência técnica e creditícia ao homem do campo.
“Entre outras ações políticas, para chegarmos ao tão sonhado desenvolvimento econômico e social sustentável naquela região”, acentua Antônio Moraes.
Ao chamar a atenção do Palácio do Campo das Princesas para as possibilidades econômicas da cultura do café no desenvolvimento de Pernambuco, o parlamentar recorda que o Brasil é responsável por um quarto do total de café exportado no mundo e como produtor maior, conquistou a posição de líder na estratégia de preços baixos no segmento de café arábica. A política cafeeira induzia a prática de misturar o produto de melhor qualidade com o de pior para maximizar a venda em termos de qualidade.
O Brasil chegou a deter 40% de toda a exportação mundial mas nos anos 90 figurou com menos de 25% . Houve momentos até que alcançamos 60% do total do valor do produto colocado no mercado internacional. Com a intensificação do processo de industrialização na década de 70, o café foi perdendo sua hegemonia e hoje representa menos de 5% das receitas cambiais. “No entanto,hoje, o Brasil pode mostrar ao mundo que não é líder somente em quantidade, dando especial importância na exploração do mercado de qualidade”. (Antônio Azevedo)