Comissões debatem educação Cidadania e Educação discutiram o Plano de Educação para 2000/2003 O Governo do Estado enviará à Assembléia Legislativa, em agosto, o Plano Estadual de Educação 2000-2003. A informação foi confirmada ontem pelo secretário de educação do Estado, Éfrem Maranhão, durante reunião extraordinária conjunta das Comissões de Educação e Defesa da Cidadania Legislativo.
Maranhão expôs uma versão preliminar do plano para a área educacional, com metas ambiciosas de um quadro que apresenta estatísticas preocupantes. Já que Pernambuco enfrenta uma das piores crises política-econômica-social das últimas décadas, com baixos indicadores de qualidade de vida e elevado índice de analfabetismo: 26.2% da população de l5 anos de idade, não tem acesso a instrução.
“A Secretaria tem como visão o aluno-cidadão e como missão a educação de qualidade para todos”, afirmou o secretário, revelando ter ciência dos inúmeros problemas a enfrentar, desde o déficit reconhecido de quatro mil servidores na sua área, professor na sua maioria. Ele adiantou que a política de reorganização do atendimento da rede pública de ensino, agora em preparação e a avaliada no segundo semestre pelos parlamentares, prevê a criação da Escola da Criança e da Escola do Jovem, entre outras inovações. “O professor é sempre o elemento fundamental e sua qualidade refletirá no ensino e na aprendizagem”, completou.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Teresa Leitão, discordou das propostas para reformulação do programa governamental.
Inicialmente, ela não aceitou a proposta do secretário para que o plano passa a vigorar por 10 anos e não os atuais quatro anos definidos na legislação. A sindicalista alertou para necessidade do programa adequar-se à saúde financeira do Estado. “O plano tem várias falhas, pois foi elaborado em forma de planejamento estratégico, o que impede a participação da sociedade. O governo não diz tudo no plano que tem programas restritivos e confusos quanto as metas, diretrizes e estratégias”.
A iniciativa dos deputados Gilberto Marques Paulo(PFL) e João Paulo(PT) em promover a discussão foi saudada pelos debatedores, que destacaram a sintonia do Legislativo com os anseios da sociedade. João Paulo afirmou que existe uma distância muito grande do que o secretário apresentou e a realidade das escolas. “Falta uma política salarial concreta para os trabalhadores e também estrutura física e pedagógica ” , lembrou o petista. (Antônio Azevedo)
