
DIÁLOGO – Presidida por João Paulo, reunião defendeu integração entre escola e família. Foto: Roberto Soares
A importância da parentalidade responsável para o aprendizado de crianças e adolescentes foi discutida pela Comissão de Educação em encontro na manhã desta terça (13). Presidida pelo deputado João Paulo (PT), a reunião questionou a ausência dos pais na formação pedagógica e defendeu políticas públicas que promovam a integração entre escola e família.
A parentalidade positiva prevê um ambiente de respeito, diálogo e acolhimento entre pais e filhos, visando propiciar o desenvolvimento saudável dos estudantes. O Brasil já possui uma lei federal que trata dessa abordagem e do direito ao brincar como estratégias intersetoriais de prevenção à violência contra crianças.

MEDIAÇÃO – Nelma Ramos, do IBDFAM, propôs incluir a temática como disciplina nas escolas. Foto: Roberto Soares
João Paulo reconheceu a importância do tema, mas ponderou questões como a falta de condições básicas e a ausência dos chefes de família na rotina do lar. Salientou, porém, que a formação pedagógica dos jovens não ocorre apenas nas escolas e que a participação dos familiares pode trazer benefícios por toda a vida.
“Meu pai, por exemplo, só cursou o primário [atual educação básica], mas me deu uma base de matemática que me fez passar no vestibular da escola técnica. Isso demonstra que, apesar de todas as dificuldades, as famílias podem desempenhar um papel importante no ensino”, afirmou o petista. O parlamentar sugeriu a elaboração de iniciativas pelo colegiado e entidades tanto na Alepe quanto em conjunto com a Secretaria Estadual de Educação.
A representante do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Nelma Ramos, propôs incluir a temática como disciplina nas escolas. “A mediação nas instituições de ensino pode contribuir bastante para essa reflexão da parentalidade positiva”, reiterou. Segundo ela, a abordagem ainda deve contribuir para reduzir a violência nos âmbitos familiar e escolar.