Luciana critica Jacilda Urquisa

Em 18/02/2000 - 00:02
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Luciana critica Jacilda Urquisa A deputada Luciana Santos (PC do B) acusou ontem, na Assembléia Legislativa, a Prefeitura de Olinda de praticar mais um crime contra o patrimônio da cidade, numa ação que considerou inconseqüente, irresponsável, e que revela o descaso da atual gestão com a preservação ambiental, comprometendo a imagem e beleza de sua paisagem.

Luciana Santos responsabilizou a Prefeitura pela derrubada de quatro palmeiras imperiais, dezenas de figueiras, todas situadas na Praça da Abolição, em frente ao Instituto de Preservação do Patrimônio. As palmeiras e figueiras, afirmou, foram sacrificadas com base num parecer de um agronômo, mas a Prefeitura não ouviu o IBAMA, nem fez qualquer exame para adotar a medida.

De acordo com a parlamentar, os responsáveis pela medida, que vem sendo questionada na cidade, agora alegam que vão apurar os fatos, examinar tudo, postura que ela considerou uma tentativa de amenizar a repercussão, pois a decisão partiu da administração do município, dos gestores da política ambiental, ou seja, dos própiros autores do crime.

Sergio Leite (PT), em aparte, expressou sua indignação com a medida da Prefeitura, lembrou que a esse crime contra o meio ambiente se junta a reação contra os sem-teto, enquanto João Paulo prestou solidariedade ao pronunciamento e lamentou que a Prefeitura de Olinda não tenha capacidade de negociar com a comunidade para tomar decisões.

Luciana Santos ressaltou em seguida que a Prefeitura não tem um órgão técnico, nem pediu autorização ao IBAMA, agindo portanto de forma criminosa, diante do que se faz necessário acompanhar de perto as ações da Prefeitura de Olinda, que agridem seu patrimônio, sua tradição, inaceitáveis nesta fase em que o país festeja 500 anos de sua história.

Pedro Eurico manifestou-se estarrecido com os fatos relatados pela imprensa, pediu esclarecimentos, enquanto a deputada Luciana Santos voltou a sugerir que haja intervenção da Unesco em Olinda, pois a cidade é Patrimônio Cultural da Humanidade e essa condição exige maior zelo, rigor, com o seu meio ambiente, seu patrimônio, seu povo, prejudicados pelos atos inconsequentes da administração municipal. (Nagib Jorge Neto)