Gilberto Freyre é reverenciado

Em 16/03/2000 - 00:03
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Gilberto Freyre é reverenciado Parlamentares lembram do valor social das obras do mestre de Apipucos Se estivesse vivo, o escritor pernambucano Gilberto Freyre teria completado ontem 100 anos. A data foi lembrada na Assembléia Legislativa. O vice-presidente do Legislativo estadual, deputado Bruno Araújo (PSDB), saudou o centenário de nascimento do “maior sociólogo brasileiro do século XX”. Os deputados Antônio Moraes (PSDB), Gilberto Marques Paulo (PFL) e Hélio Urquisa (PMDB) também homenagearam o “mestre Gilberto Freyre”.

Para Bruno Araújo, que presidiu a sessão, Gilberto Freyre sempre esteve preocupado com a realidade brasileira e que suas descobertas sociológicas e antropológicas foram fundamentais para modificar a visão sobre o Brasil e os brasileiros. “Enquanto Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, Gilberto Freyre nada mais fez do que descobrir o brasileiro”, atestou o parlamentar. Ele destacou a obra Casa Grande e Senzala, escrita nos anos 30, e sua repercussão no Brasil e no mundo. “O livro mostra que as descobertas feitas pelo autor nada mais são do que fruto do olhar cotidiano sobre a realidade de um país que precisava ser descoberto outra vez”, opinou.

Bruno também lembrou a vida parlamentar de Freyre. “O mandato parlamentar para ele tinha um significado que transcendia as querelas provincianas, pois, visualizava sempre o interesse maior da nação”, lembrou. O deputado falou ainda o exemplo deixado pelo “mestre de Apipucos”. “Ele deixou um legado para as futuras gerações que não se perderá jamais. Tudo porque, além de oficializar a existência do tipo brasileiro , soube amar e brigar por sua terra natal como poucos”, atestou.

Saudações “Subo a esta tribuna com a enorme responsabilidade de reverenciar uma das maiores personalidades pernambucanas e um dos grandes intelectuais deste século, de saudosa memória ,o Mestre Gilberto Freyre”. Nestes termos, o deputado Antônio Moraes justificou sua iniciativa de propor a homenagem prestada ao escritor pernambucano.

“Embora tenha se tornado imortal em 1987, Freyre deixou nosso convívio e um legado de grandes exemplos, nos quais deverão espelhar-se as gerações de hoje e do amanhã”, completou, ao exaltar “o gênio de Apipucos”.

Antônio Moraes fez referências ao autor de Casa Grande e Senzala, lembrando que, natural do Recife, fez o curso secundário no Colégio Americano Gilreath, nesta capital, seguindo posteriormente para os Estados Unidos, onde bacharelou-se em Ciências Políticas e Sociais pela Universidade de Baylor.

Seguiu-se o mestrado e o doutorado de Ciências Políticas, Jurídicas e Sociais na Universidade de Colúmbia. Ao finalizar, Moraes qualificou o testemunho ao “Grande Mestre de Apipucos” como uma das mais justas feitas pela Assembléia Legislativa, a “um dos maiores pernambucanos de todos os tempos”.

Ex-diretor da Fundação Joaquim Nabuco e amigo particular de Gilberto Freyre, o deputado Gilberto Marques Paulo reverenciou a memória do escritor como “o grande homem da cultura, da sociologia e da antropologia do século XX”. “Quero parabenizar os deputados Bruno Araújo e Antônio Moraes pela iniciativa de homenagear esse grande brasileiro”, elogiou. O deputado Hélio Urquisa também saudou o centenário de nascimento de Gilberto Freyre. “Trata-se de uma justa homenagem desta Casa a uma das maiores personalidades pernambucanas”, apontou.

“Subo a esta Tribuna com a enorme responsabilidade de reverenciar exatamente neste 15 de março de 2000, uma das maiores personalidades pernambucanas e um dos grandes intelectuais deste século, de saudosa memória ,o Mestre Gilberto Freyre”.

Nestes termos o deputado Antônio Moraes (PSDB) justificou sua iniciativa de propor a homenagem ontem prestada ao escritor pernambucano, falecido em 1987 e que se vivo fosse, comemoraria hoje centenário de nascimento. “Embora tenha se tornado imortal no ano de 1987, o Grande Mestre deixou nosso convívio e um legado de grandes exemplos, nos quais deverão espelhar-se as gerações de hoje e do amanhã”, completou, ao exaltar “o gênio de Apipucos”.

O parlamentar confessou-se apaixonado pela história cultural do Estado e no incontido afã de querer reverenciar Gilberto Freyre, requereu esta sessão especial do Poder Legislativo: “Portanto, quisera colorir antes minhas palavras com os belos e rutilantes talentos do homenageado par a que minha saudação não enfadasse os nobres colegas aqui reunidos e pudesse, também, tecer à altura minha admiração pelas obras com que ele enriqueceu nossa literatura”.

Antônio Moraes fez referências ao autor de Casa Grande e Senzala, lembrando que, natural do Recife, fez o curso secundário no Colégio Americano Gilreath, nesta capital, seguindo posteriormente para os Estados Unidos, onde bacharelou-se em Ciências Políticas e Sociais pela Universidade de Baylor.

Seguiu-se o mestrado e o doutorado de Ciências Políticas, Jurídicas e Sociais na Universidade de Colúmbia, quando teve como mestre o antropólogo Franz Boas; sociólogo Giddings; economista Seligman e o jurista John Bassett Moore, entre outros. (Marconi Glauco/Antônio Azevedo)