Aproveitando o “Dia da Mata Atlântica”, comemorado ontem, o deputado Lourival Simões (PV) pediu à Assembléia o empenho no sentido de “pressionar” o Governo Federal para que aprove o Projeto de Lei nº 3285/99, de autoria do ex-deputado federal Fábio Feldmann (PSDB-SP), que define o que é Mata Atlântica e como usá- la corretamente. “Ele tramita no Congresso Nacional há 11 anos”, afirmou.
Para o parlamentar, mesmo a Mata Atlântica sendo uma das formações florestais com maior biodiversidade do mundo, é também um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. “Em Pernambuco, dos 18 quilômetros originais, existem somente 1,5.
Não há nenhuma floresta virgem no Estado, apenas 22 unidades de conservação em média, entre elas o Horto de Dois Irmãos e a Mata da Várzea, ambas no Recife”, observou.
De acordo com Simões, a Mata Atlântica já possuiu uma área de 1.290.692 km, que se estendia por 17 Estados. “Segundo os ambientalistas, o desmatamento atinge, diariamente, uma área equivalente a 390 campos de futebol. Da mata original, só resta 90.438 km”, alertou. Ele argumentou que a integridade das florestas mantém a qualidade do ar, transformando gás carbônico em oxigênio, reduz a incidência de doenças respiratórias e desacelera o efeito estufa, além de reter águas da chuva, evitando as inundações e deslizamentos.