Data Magna – Pernambucanos escolhem Revolução de 1817

Em 05/12/2007 - 00:12
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Os pernambucanos escolheram a Data Magna do Estado por meio de uma consulta popular promovida pela Alepe. Com 33% dos votos, venceu a data de 6 de março – dia da Revolução Constitucionalista de 1817, que, a partir de agora, melhor representa os feitos pernambucanos na história do País, de acordo com a população. O resultado foi anunciado, ontem, na sede da Associação das Empresas de Radiodifusão de Pernambuco (Asserpe).

Em outubro deste ano, a deputada Terezinha Nunes (PSDB) apresentou um projeto propondo a instituição da Data Magna, tendo em vista que Pernambuco era o único Estado da federação que ainda não possuía a data comemorativa. “O Legislativo tem poderes para decidir a data oficial do Estado, mas entendemos que a escolha deveria ser democrática, por isso, resolvemos ouvir a opinião da população, que sabiamente escolheu a data da revolução pernambucana”, afirmou.

No início de novembro, a Assembléia assinou um convênio com a Asserpe para coordenar a consulta popular. A entidade mobilizou os meios de comunicação do Estado para atuarem na seleção. “No Recife, disponibilizamos um canal interativo e no interior contamos com as emissoras de rádio. Ao total, participaram da enquete 150 mil pessoas em todo o Estado”, explicou Marcos de Oliveira, presidente da Asserpe.

As datas selecionadas foram: 13 de janeiro, dia da execução de Frei Caneca; 27 de janeiro, data da Restauração Pernambucana; 6 de março, quando ocorreu a Revolução Constitucionalista de 1817; 5 de outubro, dia da Convenção de Beberibe, e 10 de novembro, data da Proclamação da República no Senado de Olinda.

A revolução de 1817 foi liderada por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrade e Silva e de Frei Caneca. Os revolucionários conseguiram conquistar Pernambuco e instalar um governo provisório que tinha como propostas básicas proclamar a república, abolir impostos e elaborar uma constituição democrática. A liberdade religiosa e de imprensa também seriam aprovadas. Após dois meses de lutas, as tropas portuguesas sufocaram o movimento e os líderes foram condenados à morte.