
Os 22 anos da morte de Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, voltou a fundamentar discursos na sede do Poder Legislativo. Ontem, o deputado Tony Gel (DEM) lembrou o importante papel do artista na saga nordestina. “Sou admirador da obra que realizou. Cresci ouvindo suas músicas imortais” pontuou.
Luiz Gonzaga nasceu no município de Exu, Sertão do Araripe, em 13 de dezembro de 1912. Foi um compositor popular. A afinidade com a música surgiu a partir do pai, Januário dos Santos, roceiro que, nas horas vagas, tocava acordeão e consertava o instrumento.
Quando pequeno, o Rei do Baião passou a se apresentar em bailes, forrós, feiras e festas religiosas, sendo acompanhando pelo pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às origens, mesmo seguindo carreira musical no Sul do Brasil.
Dentre os principais sucessos, Asa Branca, O Xote das Meninas, Olha pro Céu, Riacho do Navio. “Gonzagão defendeu o Nordeste como ninguém”, comentou o integrante do Democratas, citando a música Vozes da Seca – composta em parceria com o pernambucano Zé Dantas e gravada em 1957. A letra retrata o sofrimento dos sertanejos da época e a gratidão dos que recebiam doações do Governo Federal.
Segundo Tony Gel, a administração central incentivava à política de auxílios, apesar de o investimento estrutural, no Nordeste, ser viável e lucrativo, gerando renda para a nação.
Devido ao centenário de Luiz Gonzaga, a ser celebrado em dezembro do próximo ano, Tony Gel e o deputado Antônio Moraes (PSDB) apresentaram projetos para homenagear o artista. O texto do Democratas visa obrigar as cidades que receberem apoio do Governo, durante os festejos juninos, a enaltecer o músico.
A retomada das atividades parlamentares, neste semestre, também foi citada por Gel, que saudou os demais deputados.