
Bruna Suianne A bandeira do Estado foi tema da segunda reportagem especial da série Símbolos de Pernambuco, produzida pela TV Alepe em homenagem aos 179 anos da Casa Joaquim Nabuco, completados em 1º de abril de 2014. Criado durante a Revolução Pernambucana de 1817, o pavilhão oficial do Estado tem uma grande popularidade dentro e fora de Pernambuco.
Foi idealizada pelo padre João Ribeiro de Melo Montenegro, pintada por Antônio Alvares e costurada por José Ribeiro do Ó Barbosa, líderes da revolução.
Apresentada à população no dia 2 de abril, na atual Praça da República, ela foi esquecida durante um século no período do Império. Foi restabelecida como bandeira oficial do Estado no ano de 1917, pelo então governador Manuel Bandeira, que pretendia, com o ato, homenagear os participantes da Revolução Pernambucana.
A bandeira se destaca também pela forte simbologia que remete à diversidade e força de sua população. As cores azul e branca representam, respectivamente, a grandeza do céu e a paz. A estrela identifica Pernambuco na Federação. O arco-íris com as cores vermelho, amarelo e verde representa a união do povo pernambucano; o sol, a energia; e a cruz, a fé na justiça.
É possível encontrar as cores da bandeira em eventos políticos, culturais, religiosos e esportivos de Pernambuco. No Carnaval, por exemplo, ela vira acessório e fantasia indispensável para muitos pernambucanos. O colorido dela agrada não somente adultos, mas também as crianças que conhecem desde cedo seu o valor simbólico. Obrigatória em eventos oficiais, a bandeira é conhecida muito além dos limites do Estado, levada por pernambucanos a diversos tipos de eventos, como shows e campeonatos esportivos.
O artesão José Luiz Santos comercializa seus produtos na cidade de Gravatá e diz que as cores da bandeira de Pernambuco atraem compradores de todos os lugares do mundo. “O colorido dela chama muito a atenção nos artesanatos e sempre são a preferência dos meus clientes, tanto estrangeiros como brasileiros”, acrescentou.
Para a socióloga Zuleica Dantas, o amor pela bandeira tem origem na própria história do Estado. “Pernambuco construiu sua identidade em cima de várias questões históricas. Uma delas é que o povo daqui tem verdadeira adoração por ser pernambucano”, afirmou, em entrevista concedida a TV Alepe.
O pavilhão é utilizado em solenidades oficiais de órgãos públicos e particulares do Estado. O processo de hasteamento acontece todos os dias às 8h e seu recolhimento, às 18h. Sua manutenção é cautelosa para garantir a conservação. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a responsabilidade pelo armazenamento e conservação da bandeira é da Assistência Militar. Lá, ela é dobrada com cautela e guardada em uma caixa de madeira com tampa de vidro.
Segundo Cintia Barreto, superintendente de Patrimônio Histórico do Legislativo, a bandeira é trocada quando se percebe algum desgaste, como rasgos ou manchas.
Mas somente no Dia da Bandeira, 19 de novembro, ao meio-dia, é que as bandeiras com avarias são incineradas.
Serviço: a reportagem pode ser assistida no canal alepenatv no YouTube