A edição de março do Clube do Livro da Alepe ocorreu nessa quinta (30), às 10h. O evento é promovido pela Biblioteca da Assembleia Legislativa de Pernambuco na última quinta-feira de cada mês, reunindo funcionários da Casa e o público geral interessado em literatura. A obra escolhida para o encontro mais recente foi “O dia do curinga”, best-seller do norueguês Jostein Gaarder, publicado em 1990.

A iniciativa tem o objetivo de fomentar a leitura e a troca de ideias sobre títulos nacionais e estrangeiros. “O Clube é um estímulo para a criação do hábito de ler. Como temos o compromisso de nos reunir em grupo para debater, fica mais fácil abrir espaço na agenda e separar tempo para a leitura”, explica Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe. 

Os participantes leem os livros em casa e, nos encontros mensais, compartilharam opiniões a respeito do que entenderam da leitura, as principais mensagens trazidas pelo autor e as partes do texto que mais gostaram. Sobre “O dia do curinga”, livro lido na edição de março, o estagiário da biblioteca, Tiago Vasconcelos, que participou do encontro, ressaltou a ideia de que cada pessoa é singular: “Para mim, o escritor usa a figura do curinga – carta do baralho que não pertence a nenhum naipe – para falar sobre singularidade. Cada pessoa também é única.” 

Os debates são intermediados por Sirlênia e pela bibliotecária da Alepe, Miriam Uchoa, além de convidados que podem ser chamados a depender do tema da publicação trabalhada. Ao final das reuniões, cada membro do grupo sugere um título e a partir das sugestões há o sorteio da obra a ser lida e discutida na edição seguinte. Para o mês de abril, por exemplo, o livro eleito foi “A biblioteca mágica de Bibbi Bokken”, também de autoria de Jostein Gaarder.

O Clube do Livro da Alepe existe desde outubro de 2017. Já foram lidos e debatidos mais de 20 livros de literatura brasileira e internacional, entre eles, “Grande sertão: veredas” (Guimarães Rosa), “Orgulho e preconceito” (Jane Austen), “O mundo de Sofia” (Jostein Gaarder), “Senhora” (José de Alencar), “Dom Casmurro” (Machado de Assis) e “Os delírios de consumo de Becky Bloom” (Sophie Kinsella). A ideia é alternar obras com temas mais sérios e publicações mais descontraídas para conciliar todos os gostos.