Alepe instala duas novas frentes parlamentares

Em 14/03/2023 - 16:03
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PRIMEIRA INFÂNCIA – “Se não priorizarmos a criança, não avançaremos em justiça social”, declarou Simone Santana. Foto: Nando Chiappetta

A Alepe instalou, nesta terça (14), duas novas frentes parlamentares: uma dedicada ao tema da Primeira Infância e outra em defesa da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco. O primeiro colegiado será coordenado pela deputada Simone Santana (PSB) e atuará com o objetivo de garantir os direitos dos pernambucanos com até seis anos. Já a retomada do ramal Salgueiro-Suape no traçado da Transnordestina é a motivação do segundo grupo, liderado pelo deputado João Paulo (PT). 

Na reunião de instalação da Frente da Primeira Infância, Santana entregou aos demais integrantes exemplares do levantamento de dados sobre este público em Pernambuco. O documento de 2020 foi elaborado pelo grupo parlamentar  —   que já atua na Alepe desde 2017em parceria com a Consultoria Legislativa da Casa.

“Com esse diagnóstico em mãos, temos, a partir de agora, a missão de compartilhar as informações com a sociedade civil e o Poder Público. Se não priorizarmos a criança, não avançaremos em justiça social”, declarou a socialista. 

Integrante do colegiado, João Paulo sugeriu que o grupo realize encontros em todas as regiões de Pernambuco, para conhecer in loco a realidade dos municípios. Já a deputada Socorro Pimentel (União) ressaltou a importância das creches. “Esses locais não são depósitos de crianças. Devem ter profissionais capacitados para desenvolver o potencial delas”, observou. 

Transnordestina

FERROVIA – “Foi uma retaliação para prejudicar o desenvolvimento do nosso Estado”, avaliou João Paulo (ao centro). Foto: Nando Chiappetta

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco, João Paulo lembrou que, no ano passado, o Governo Federal anunciou um novo traçado para a obra, que pretende garantir o transporte anual de 30 milhões de toneladas de minério e grãos partindo do município de Eliseu Martins, no Piauí. Com a mudança, Pernambuco foi excluído do traçado, sendo prevista apenas a rota até o Porto de Pecém, no Ceará. 

“Entendemos que foi uma posição política de retaliação para prejudicar o desenvolvimento do nosso Estado. Vamos fazer pressão para reverter essa situação e trazer emprego e renda para os pernambucanos”, anunciou.

Representante do Sindicato dos Ferroviários do Nordeste, Sérgio Almeida ressaltou que o aditivo do contrato também proíbe qualquer obra relacionada à Transnordestina em Pernambuco enquanto durar a construção do ramal de Pecém. Tal intervenção tem previsão de durar sete anos. “Ou revertemos essa medida ou ficaremos sem a ferrovia por, pelo menos, todo esse período. É um prejuízo muito grande”, avaliou. Já o deputado Rodrigo Novaes(PSB) levantou a possibilidade de ingressar com uma ação judicial para derrubar o aditivo.

Renato Antunes (PL), por sua vez, apontou a diversidade partidária na composição da Frente como uma demonstração da relevância do tema, enquanto  Waldemar Borges (PSB) sugeriu chamar representantes do Governo Federal diretamente envolvidos com a obra para traçar um diagnóstico da situação. Rosa Amorim (PT), por fim, defendeu que o grupo discuta o impacto ambiental da construção.

Plenário

Mais tarde, durante a Reunião Plenária, João Paulo reafirmou a importância da mobilização. Ele afirmou que a opção por Suape encurtaria o trajeto e os custos operacionais da ferrovia. “A frente parlamentar coloca-se na luta para viabilizar a rota até o porto de Pernambuco que, segundo especialistas, pode perder importância e competitividade caso fique de fora da malha ferroviária”, disse.