Apac destaca ações preventivas em balanço apresentado ao colegiado de Administração

Em 29/11/2022 - 19:11
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CHUVAS – Sem previsão meteorológica e informação ágil, “número de vítimas poderia ter sido ainda maior”, frisou Antônio Moraes. Foto: Nando Chiappetta

A atuação da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) para prevenir e minimizar tragédias como as ocorridas com as chuvas de maio mereceu destaque em audiência pública promovida pela Alepe nesta terça (29). A presidente da autarquia, Suzana Montenegro, expôs um balanço das atividades do órgão em 2022 à Comissão de Administração Pública, no qual ressaltou, ainda, medidas para agilizar outorgas de pequenos poços subterrâneos.

Logo na abertura, o presidente do colegiado, deputado Antônio Moraes (PP), elogiou as ações da entidade durante os temporais que deixaram 133 mortos e 25 mil desabrigados. “O número de vítimas poderia ter sido ainda maior se não houvesse uma previsão meteorológica correta e informação sendo dada com agilidade para a população”, assinalou.

Veja a apresentação da Apac na íntegra:


Montenegro relacionou os desastres na Região Metropolitana do Recife (RMR), Mata Norte e Mata Sul do Estado a chuvas extremas que se somaram ao longo de vários dias, culminando no dia 28 de maio, quando, em poucas horas, chegaram a 70% do volume esperado para o mês. Sobre a prevenção de enchentes, a gestora pontuou que o trabalho é permanente, envolvendo capacitações, desenvolvimento de novas ferramentas e integração com outras instituições.

“Iniciamos o planejamento com a previsão climática, que indica o comportamento do sistema meteorológico três meses antes. Fazemos reuniões com todos órgãos da área do Nordeste e temos uma sala de situação acompanhando e emitindo os alertas”, afirmou. Ela lamentou, contudo, as fake news sobre rompimento de barragens que circularam no período crítico das chuvas.

Realizações

GESTÃO – Suzana Montenegro também abordou conquista de certificação da Agência Nacional das Águas e entregas do projeto Janelas para o Rio. Foto: Giovanni Costa

A presidente da Apac também abordou a execução da Política Estadual de Recursos Hídricos (Perh). Entre os feitos positivos está a obtenção da pontuação máxima na certificação do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão), da Agência Nacional das Águas (ANA). Pernambuco foi o único estado do País a atingir 100 pontos nessa avaliação. 

Sobre o projeto Janelas Para o Rio, em que parques urbanos são construídos ao longo das bacias dos rios Capibaribe e Ipojuca, Montenegro pontuou a entrega de equipamentos em Gravatá, em 2021, e em São Caetano, em julho deste ano. A unidade de Bezerros deve ficar pronta em 2023 e há obras em andamento em Caruaru, Escada e Belo Jardim. “Toda a concepção pela Apac é para que a população se sinta participando do cuidado com o rio”, explicou.

Ela ainda detalhou ações para fiscalizar o uso dos recursos hídricos e da segurança das barragens; monitorar as secas, a qualidade das águas e os níveis dos reservatórios; revitalizar bacias hidrográficas; e construir planos hidroambientais. Como desafios para o futuro, elencou a utilização comercial das águas da transposição do Rio São Francisco e a cobrança pelo uso da água bruta, para racionalizar a exploração desse recurso.

Ao encerrar a audiência, Antônio Moraes comentou a promulgação, neste ano, da Lei nº 17.672, de autoria dele. A norma simplifica a perfuração de poços subterrâneos. “Os pequenos produtores foram atendidos e hoje há uma grande rapidez na concessão das outorgas”, avaliou o deputado.