Teresa Leitão repercute nota do IFPE contrária a proposta do Ministério da Educação

Em 07/12/2021 - 19:12
-A A+

CONSULTA – Comunidade acadêmica posicionou-se contra desmembramento de Institutos Federais indicado pelo MEC. Foto: Nando Chiappetta

A deputada Teresa Leitão (PT) voltou a reagir à proposta do Ministério da Educação (MEC) de desmembramento de Institutos Federais (IFs). Nesta terça (7), a petista leu na tribuna o posicionamento contrário da comunidade acadêmica do IFPE e pediu a realização de uma audiência pública na Alepe sobre o tema. 

“Vamos cerrar fileiras com nossos pares federais para não permitir esse desmonte das políticas educacionais e impedir que o direito à educação seja subtraído do povo brasileiro”, defendeu a parlamentar. Ela propôs que o debate seja promovido pela Comissão de Educação da Alepe, convidando os segmentos envolvidos.

A iniciativa do MEC prevê a criação de novas reitorias, sem novos campi, vagas ou cursos. De acordo com Teresa, a ideia foi apresentada em uma reunião com dez reitores sem nenhuma escuta aos profissionais que estão na ponta do sistema. “Resume-se a dividir os institutos para dizer que ampliou. Não indica qual a proposta pedagógica, o orçamento ou o quadro de pessoal”, prosseguiu.

Atualmente, Pernambuco conta com dois institutos federais, cada um com reitoria própria: o IFPE, com 16 campi, e o Instituto Federal do Sertão (IF Sertão – PE), que possui sete campi. O Governo Federal pretende dividir os campi já existentes no IFPE para criar o Instituto Federal do Agreste (IF Agreste – PE). “São 1.226 docentes, 1.066 técnicos administrativos e 28.840 estudantes que ali estão tentando construir seu presente com vistas no futuro”, reforçou a deputada.

A nota oficial do IFPE ressalta que a comunidade acadêmica posicionou-se contra o desmembramento da instituição, em consulta pública feita em setembro. A rejeição foi encaminhada ao MEC, aos deputados federais e aos senadores pernambucanos. 

Teresa Leitão sugeriu ainda que, em vez da divisão das unidades, haja a contratação de mais docentes e técnicos administrativos, além de investimentos na rede de comunicação entre os campi e as reitorias. Também cobrou aumento de verbas destinadas para o setor de pesquisa e inovação: “A pandemia de Covid-19 escancarou essa medida como uma demanda urgente”, frisou.