
POP STAR – Para o deputado, a recepção em Pernambuco reflete uma “impressionante capacidade de liderança do presidente”. Foto: Jarbas Araújo
O deputado Alberto Feitosa (PSC) comentou as manifestações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro durante recente visita dele a Pernambuco. Nos últimos dias 2 e 3 de setembro, o mandatário da nação esteve no Recife e nos municípios de Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. Em discurso no Grande Expediente da Reunião Plenária desta quinta (9), o parlamentar ainda enalteceu os atos do Dia da Independência.
“Como policial militar, já fiz segurança para diversas autoridades e políticos. Nunca vi um fenômeno como o da recepção a Jair Bolsonaro. Em todos os lugares, ele é tratado como um pop star”, contou. Para Feitosa, isso reflete uma “impressionante capacidade de liderança do presidente”. No pronunciamento, o deputado também registrou protestos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o ex-presidente Lula.
O parlamentar elogiou a assistência prestada ao Estado pelo atual Governo. “Foram R$ 19 bilhões em auxílio emergencial desde o começo da pandemia, e mais 600 mil vacinas anunciadas pelo Ministério da Saúde”, citou. “Além disso, foram concluídas obras hídricas que estavam inacabadas.”
Na avaliação dele, os atos do 7 de Setembro seriam “um grito pela independência e liberdade de expressão”. “Dizem que foram manifestações antidemocráticas, mas é o inquérito do STF sob as ordens do ministro Alexandre de Moraes que é ilegal”, asseverou. “A apuração em curso baseia-se num artigo do Regimento da Corte que permitiria investigações apenas no âmbito interno”, prosseguiu.
De acordo com Alberto Feitosa, o método vem sendo utilizado contra jornalistas e artistas. Também resultou nas ordens de prisão dos políticos Daniel Silveira (PSL-RJ) e Roberto Jefferson (PTB-RJ), do blogueiro Oswaldo Eustáquio e, mais recentemente, do líder caminhoneiro Zé Trovão. “Podem-se criticar governadores e presidente, mas um ministro do STF que faz um inquérito sem respaldo legal, não.”
Em contraponto, o deputado José Queiroz (PDT) lembrou que a investigação partiu da denúncia de uma procuradora regional federal. “Como deve haver unicidade nos atos do Ministério Público, o processo ficou sob a jurisdição do ministro Alexandre de Moraes. Não há qualquer ilegalidade”, argumentou o pedetista.