
REAJUSTE – “Finanças melhoraram, mas o Poder Executivo ainda se nega a tratar com o funcionalismo.” Foto: Jarbas Araújo
A suspensão da mesa de negociações entre o Governo do Estado e os servidores públicos motivou o pronunciamento da deputada Teresa Leitão (PT), na Reunião Plenária desta quinta (26). Ela apontou dificuldades em estabelecer diálogo e lamentou que os trabalhadores cheguem ao sétimo ano sem reajuste salarial.
“No início da gestão de Paulo Câmara, as condições financeiras eram apertadas. Quando começou a aliviar, veio a pandemia, que trouxe sérias consequências para a economia”, disse a petista. “Hoje observamos uma melhora do quadro, mas, mesmo assim, o Poder Executivo se nega a tratar com o funcionalismo.”
A parlamentar lembrou que, nos últimos meses, graças à ‘saúde financeira’, o Governo de Pernambuco tem anunciado a execução de muitas obras. Ela questionou, contudo, a utilidade das ações e se “o servidor que vai trabalhar na escola, na unidade de saúde ou na delegacia está mal remunerado e insatisfeito”.
A petista cobrou a retomada das negociações por parte do Estado e elencou pleitos cruciais para a categoria que seguem sem resposta. Entre as reivindicações, estão a solução para medidas judiciais contra o movimento sindical, a proposta de reajuste salarial e a adoção da gratificação de insalubridade para a enfermagem.
Ela também citou a atualização da margem para solicitação de empréstimos consignados e a ampliação da oferta de notebooks para professores não efetivos. “Este último ponto motivou diversos apelos na Assembleia, sem retorno até agora. Acredito que o silêncio na política é sinal de desconsideração. Lamento essa postura e peço que haja prioridade para as questões”, concluiu.
Em aparte, João Paulo (PCdoB) endossou a necessidade de diálogo entre Governo e funcionalismo. “Sei da sensibilidade do governador, mas, se não houver resposta, os trabalhadores vão ter de pressionar. Sugiro uma audiência pública na Comissão de Educação para ajudar a destravar os pontos relacionados ao setor”, afirmou. “Às vezes o silêncio é o que mais maltrata. O diálogo deve ser sempre mantido. Sou solidário aos servidores”, complementou José Queiroz (PDT).