A possibilidade de uma epidemia de febre amarela em Pernambuco preocupa os deputados Socorro Pimentel (PSL) e Odacy Amorim (PT). Na Reunião Plenária desta quarta (7), os parlamentares foram à tribuna pedir para que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) tome medidas para prevenir ou amenizar o avanço da doença.
Assim como fez no ano passado, Socorro Pimentel sugeriu que o Governo Estadual defina novos critérios em razão do grande fluxo de turistas esperado no Carnaval. “Não podemos menosprezar esse risco. Sem causar pânico na população, Pernambuco deve partir na frente de outros Estados na prevenção da febre amarela”, declarou a parlamentar.
Ela ainda chamou atenção para o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado em julho do ano passado, que identificou 83% dos municípios pernambucanos com risco elevado para transmissão de viroses por meio do mosquito dessa espécie. “Como já temos um possível vetor da febre amarela circulando no Estado, precisamos tomar cuidado. Subestimar a gravidade das arboviroses resultou em uma geração de crianças acometidas pela microcefalia”, lembrou a deputada do PSL.
Já Odacy Amorim reforçou o discurso de Socorro Pimentel e solicitou que o secretário de Saúde do Estado, Iran Costa, venha debater o tema na Assembleia Legislativa, após o Carnaval. “É importante termos pressa para discutir a possibilidade de uma campanha de vacinação contra a febre amarela. Não é uma luta de braço entre Governo e Oposição, mas uma responsabilidade pela prevenção dessa doença, que precisa ser compartilhada com todos”, avaliou o petista.
A demanda de Amorim foi aceita pela presidente da Comissão de Saúde da Alepe, Roberta Arraes (PSB), que, em aparte, comprometeu-se a encaminhá-la à SES. “Precisamos também envolver os municípios pernambucanos na discussão de medidas para prevenir a transmissão dessa doença”, considerou a deputada socialista.
Reforma da Previdência – Ainda no discurso no Grande Expediente, o deputado Odacy Amorim criticou as reformas que vêm sendo conduzidas pelo Governo Michel Temer, em especial a proposta da Previdência Social. O parlamentar alertou a população a se manter atenta aos assuntos políticos mesmo em um período de festas, pois, para ele, o objetivo das medidas é “derrubar os direitos dos mais humildes”.
“Este é um governo que não tem legitimidade para conduzir estas reformas. Ele está aí para atender aos desejos dos grandes grupos empresariais”, afirmou o petista. O deputado criticou, ainda, os projetos de desestatização que vêm sendo apresentados ao Congresso, revelando-se especialmente preocupado com o processo da Eletrobras. “Enquanto os países europeus estão blindando suas estatais, o Governo Federal quer vender o Rio São Francisco”, lamentou.