
TRIBUNA – “O movimento não pode ser chamado de manifestação, mas um ato de violência contra a ordem pública.” Foto: Roberto Soares.
Atos de vandalismo registrados na tarde dessa terça (29), em meio a protestos promovidos contra a PEC 55, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram repudiados pela deputada Priscila Krause (DEM). Em pronunciamento no Grande Expediente desta quarta (30), a parlamentar definiu os eventos como “negação da democracia” e cobrou a responsabilização dos envolvidos.
Para a deputada, o movimento de ontem difere-se das manifestações promovidas em favor da destituição da ex-presidente Dilma Rousseff. “Tivemos mais de um ano de mobilizações a favor do impeachment feitas por pessoas que foram e continuam sendo chamadas de golpistas, acusadas de atentar contra a democracia. Pergunto, no entanto, se nesse período tivemos incidentes como os de ontem, agressões a quem pensa o contrário ou degradação ao patrimônio”, observou.
Segundo definiu a democrata, o movimento dessa terça “sequer pode ser chamado de manifestação, mas um ato de violência contra a ordem pública”. Ela exigiu punição aos responsáveis. “Os envolvidos têm nome e sobrenome. São exatamente algumas organizações que se colocam como guardiãs da democracia e de interesses públicos: UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), DCEs (Diretórios Centrais dos Estudantes), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)”, enumerou.
Em apartes, os deputados Pastor Cleiton Collins (PP) e Tony Gel (PMDB) mostraram apoio à parlamentar. “Assistimos ontem a atos de vandalismo. Precisamos pedir à imprensa que não apoie esse tipo de movimento”, opinou Collins. “Grupos insatisfeitos porque não podem mais continuar com os privilégios que tinham querem agora o desgoverno e, para isso, apostam no caos”, criticou Tony Gel, que clamou por respeito à independência dos poderes constitucionais.
Festival – No tempo destinado à Comunicação de Lideranças, Priscila Krause divulgou a abertura, nesta quarta, da décima edição do “Festival Nacional Nossa Arte”. Trata-se de uma iniciativa da Federação Nacional das Apaes e reúne artistas com deficiência intelectual e múltipla. O evento segue até o dia 4 de dezembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Priscila ressaltou que o festival é um projeto que visa à inclusão e garante a acessibilidade ao mundo das artes, em todas as suas dimensões e expressões. “O evento é realizado há 20 anos. Desta vez, terá a representação de 23 Estados e a participação de mais de 1,3 mil pessoas. Será um momento importante para a inclusão, contemplando todas as expressões artísticas”, resumiu.