Líder comemora recuperação de adolescente que teve raiva

Em 04/02/2009 - 00:02
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O caso do adolescente de 16 anos que sobreviveu ao vírus da raiva humana e permanece em tratamento no Recife teve repercussão, ontem, na Alepe. O líder da bancada do Governo na Casa, deputado Isaltino Nascimento (PT), falou da vitória de Marciano Menezes da Silva sobre a doença e ressaltou o método terapêutico inovador que o garoto, natural do município de Floresta, Sertão, recebeu no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). O adolescente é o primeiro brasileiro a sobreviver à raiva e começou, ontem, uma nova etapa do tratamento que, hoje, chega ao 116º dia. Ela deixou a Unidade de Terapia Intensiva e ocupará um quarto na enfermaria de Doenças Infecciosas da unidade hospitalar.

“É importante que possamos parabenizar a ação positiva da equipe médica, profissionais de enfermagem e todo o corpo de agentes que ficou dedicado a esse caso”, ressaltou. O petista lembrou que o método utilizado no tratamento do garoto foi o mesmo que curou, em 2004, nos Estados Unidos, uma adolescente de 15 anos da raiva, mas que, devido à experiência dos médicos que cuidam de Marciano Menezes, foi possível inovar ainda mais. “Depois de 115 dias, conseguiram tirá-lo da Unidade de Terapia Intensiva, o que significa algo extremamente positivo e demonstra o quanto é importante a eficiência em tudo o que se faz. A equipe do HUOC colocou na literatura do mundo uma ação vitoriosa da prática médica de Pernambuco e renovou as esperanças das pessoas”, salientou.

Isaltino Nascimento solicitou à presidência da Casa a realização de uma sessão especial e de voto de aplauso para o grupo que cuida do garoto. Mas não há data definida para o evento. Marciano Menezes da Silva contraiu raiva humana após ser mordido por um morcego enquanto dormia em seu quarto, na cidade de Floresta. Deu entrada no HOUC, no dia 10 de outubro do ano passado, e surpreendeu os médicos com sua resistência. Os profissionais disseram se tratar de uma raridade, uma vez que as pessoas infectadas pela doença, normalmente, morrem no prazo de sete a dez dias após o surgimento dos primeiros sinais da infecção.