
A inclusão da Ilha de Itamaracá no Mapa da Violência de Pernambuco como o município de maior índice de homicídios no Estado foi questionada pelo deputado Antônio Moraes (PSDB). O parlamentar reprovou o método de pesquisa utilizado pelo sociólogo e especialista em segurança, Julio Jacobo, responsável pelos dados que apontam os lugares mais perigosos. Segundo Moraes, os crimes não aconteceram nas ruas, mas nas penitenciárias da cidade.
“De acordo com o juiz da comarca da ilha, a cada dez casos, oito foram registrados nas unidades penais. Como alguém pode calcular a violência de um município levando em conta a criminalidade nos presídios? Os presos não fazem parte da população de Itamaracá. Jacobo comparou a situação aos homicídios nas favelas, o que é diferente, pois essas moradias compõem as cidades. Até nesse ponto faltou sensibilidade”, afirmou Moraes.
O tucano lamentou as conseqüências negativas que a pesquisa pode trazer ao comércio e ao turismo da ilha. Para Moraes, a localidade também perde com a existência das unidades penais. “Houve um caso em que o preso matou oito pessoas, no período de um ano, elevando os níveis de criminalidade. Um lugar pobre como Itamaracá não pode ter uma publicidade tão ruim”, ponderou.