Um ofício enviado pelo Governo do Estado à Comissão de Educação, em resposta a alguns questionamentos feitos pelos deputados que dela fazem parte, motivou um indignado pronunciamento da deputada Teresa Leitão (PT). Ela questionou o fato de o ofício não esclarecer todas as dúvidas e conter dados “imprecisos e incompletos” relativos ao número de escolas em reforma, a obras suspensas e ao período em que os reparos deveriam ser feitos, por exemplo.
“O documento fala em prazo para conclusão de obras, mas não diz nada sobre a data de início ou de término, nem explica o fato de uma reforma ter consumido mais de R$ 600 mil e ter que ser refeita, pouco tempo depois”, questionou a deputada.
Em aparte, Sílvio Costa (PMN) disse que vai insistir na realização da CPI das Obras Inacabadas. “As informações que Teresa traz aqui só reforçam a necessidade de sua instalação”, declarou. Izaias Régis (PTB) denunciou a situação da Escola São José, em Garanhuns, onde cinco salas já foram interditadas. “Ou o Governo resolve essa questão, ou interdita de vez a escola, sob pena de ali ocorrer uma tragédia”, alertou. João Fernando Coutinho (PSB) e Sérgio Leite, líder do PT, também defenderam a realização da CPI das Obras Paradas. João Fernando citou uma correspondência enviada pela Secretaria de Educação, na qual, segundo ele, o secretário reconhece ter sido feito o pagamento integral a uma determinada construtora e depois tomou conhecimento de que as obras não haviam sido concluídas. Leite lembrou que as “irregularidades não ocorrem apenas na área de educação, mas em outros setores do Governo, por conta do uso da máquina pública com fins eleitorais”. “Por isso, houve uma reação tão grande para impedir a instalação da CPI”, correlacionou.
Defesa – O líder do Governo, Bruno Araújo (PSDB) disse que, a gestãs de Jarbas realizou o maior volume de investimentos na área de educação, e que os problemas são em menor número e já estão sendo solucionados. Ele citou uma matéria publicada nos jornais sobre o fato de o Recife não estar recebendo todas as bolsas-escola a que tem direito. “A Oposição deveria se preocupar com isso”, declarou, sendo rebatido por Teresa. Segundo ela, o atraso no recebimento das verbas é causado por uma incompatibilidade nos sistemas de envio de informações.
