Palmares vai receber CPI da Violência Ontem, a CPI ouviu dois depoimentos, um deles o do secretário da Defesa Social Os deputados estaduais que compõem a CPI da Pistolagem e do Narcotráfico vão se deslocar nesta segunda-feira (24) até a cidade de Palmares, onde serão colhidos novos depoimentos sobre a criminalidade na região. Ontem, a Comissão iniciou seus trabalhos como dois depoimentos reservados. O presidente e o relator da CPI, deputados Pedro Eurico (PSB) e José Queiroz (PDT), avaliaram os depoimentos como “muito positivos”.
O primeiro a depor foi o preso Rinaldo José Alves, que fez acusações a policiais militares do serviço especial de inteligência da PM. Segundo ele, alguns policiais participam de grupos de extermínio na região da Mata Sul do Estado. O deputado Pedro Eurico adiantou que a Comissão decidiu encaminhar as informações obtidas à Comissão Especial de Sindicância do Poder Executivo.
Além disso, Rinaldo trouxe novos dados à CPI. “Foi um depoimento extremamente importante, pois conseguimos muitas informações que vão propiciar o avanço das investigações na área de Palmares”, informou Pedro Eurico. De acordo com ele, vários nomes de policiais, ex-policiais e empresários foram citados, e estariam, segundo o preso, envolvidos com o tráfico de drogas e roubo de cargas na região.
Dossiês O segundo depoimento prestado à CPI da Assembléia Legislativa foi do secretario da Defesa Social, cel. Iran Pereira, que entregou dois dossiês aos parlamentares um sobre o trabalho desenvolvido em todo o Estado e outro com uma radiografia da criminalidade na Mata Sul do Estado. “Este dossiê contém todas as ações de segurança desenvolvidas pelas policias nos 21 municípios daquela região, com a apresentação de toda a rota da criminalidade na área”, assegurou o secretário.
O relator José Queiroz justificou a realização dos depoimentos em caráter reservado pela CPI. “Trata-se de uma questão ética. No depoimento do Rinaldo, por exemplo, foram citados vários nomes que, a princípio, não podem ser expostos ao linchamento público antes da comprovação das denúncias”, justificou. Segundo ele, a CPI só vai citar nomes com a comprovação das denúncias através das investigações. (Marconi Glauco)