Dia da Mulher é lembrado na AL O deputado Jorge Gomes (PSB) exaltou ontem o Dia Internacional da Mulher, data “quase ofuscada pelos últimos ecos do carnaval”, e lembrou o dia 8 de março, em Chicago (EUA), com as mulheres sendo perseguidas, mortas, porque se insurgiram contra as jornadas de trabalho exaustivas, as condições deploráveis das fábricas e a exploração sem limites.
Gomes adiantou que a mulher guerreira não recebeu nada de presente, lutou para conquistar seus direitos de voto, de dona do seu destino, de não ser propriedade do homem, ocupar posições no mercado de trabalho, e contribuir em igualdade de condições para o progresso e bem estar. Assim batalha dentro e fora de casa, com um diferencial que a faz mais forte e digna de admiração.
Ele citou exemplos de Josefas, Severinas Marias e Luzias, que trabalham nos canaviais ou na zona rural do agreste e sertão. Lembrou as contribuições de Miriam Kelner e Naide Teodósio, de Mercês Cunha, Madalena Arraes, Mércia Albuquerque, Amparo Araujo e Teresa Dourado, de Lenira, do Sindicato das Domésticas, de Adalgisa Cavalcanti e Cristina Tavares, ou de Marta Suplici, Luiza Erundina, Teresa Duere, Luciana Santos e Cleusa Pereira.
Na sua opinião, todas são mulheres que ocupam um espaço importante na nossa sociedade, que vivem o cotidiano com coragem e dignidade, e que avançam para ocupar espaço, com suas lutas, entidades, como é o caso do Forum das Mulheres de Pernambuco, reconhecido e respeitado pelas suas posições firmes e lutas permanentes.
Jorge Gomes lembrou o movimento das mulheres em todo o mundo, com marchas pela paz e contra a pobreza, conferências sobre a violência sexual, a posição que ocupam no mundo do trabalho, de forma que houve manifestações em Paris, na Espanha, em Genebra, na Suiça, Montreal, no Canadá, em Atenas, na Grécia, nas Filipinas e no Marrocos, cobrando medidas para garantir seus Direitos, definidos na IV Conferência Internacional da Mulher em Pequim. Gomes adiantou que houve pouco avanço e a Anistia Internacional denuncia os crimes contra as mulheres, que as mulheres denunciam e lutam para combater, em nome da dignidade e do humanismo de suas lutas.
O deputado Eudo Magalhães (PFL) defendeu ontem a necessidade de observar as mudança no mundo moderno que não tolera mais aqueles que difundem equivocadamente a idéia da inferioridade feminina. Adiantou que a renúncia a pensamentos e comportamentos arcaicos tem sido constatada em diversos setores econômicos, sociais e políticos, pois homem e mulher têm a mesma capacidade intelectual.
Magalhães afirmou que os papeis sociais de homens e mulheres são determinados pela cultura, pelo processo histórico, mas as transformações políticas, econômicas e sociais ocorridas nesta última metade do século, geraram profundas alterações nas relações inter-humanas. Assim a necessidade de modernização trouxe a ampliação da participação das mulheres no mercado de trabalho, tendência que deverá se acentuar, pois as decisões necessitam basear-se na união de ações planejadas com ações intuitivas.
Ele ressaltou que o novo milênio é a era da sensibilidade, do somatório dos atributos racionais e emocionais, havendo um longo caminho a ser trilhado, pois ainda é grande o preconceito contra a mulher em muitos paises. Daí é importante assegurou que se medite sobre o importante papel da mulher”. (Nagib Jorge Neto)