José Marcos defende frentes de emergência Nas visitas que vem fazendo pelo Interior do Estado, principalmente no Agreste e no Sertão do Pajeú, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Marcos, tem ouvido sempre o mesmo pleito: a manutenção do programa de frentes de emergência, no mínimo, até junho. “Apesar das chuvas que vêm caindo no Agreste e no Sertão, não temos uma caracterização do início do período de inverno”, avalia o deputado.
“Historicamente, isso só acontece a partir da segunda quinzena de março”, observa.
José Marcos alerta ainda que mesmo que se tenha um bom período de chuvas, a maior parte dos alistados nas frentes vive da agricultura de subsistência. “Que mal dá para manter as próprias famílias”, diz. Outro detalhe, segundo o presidente da Assembléia, é que mesmo os agricultores de maior porte não têm condição de contratar toda essa mão de obra, uma vez que a maioria está descapitalizada devido aos efeitos da seca.
No avaliação do deputado, é necessário que se coloque em prática urgentemente políticas permanentes de combate à estiagem, e não esperar por uma calamidade pública para que haja uma mobilização maior. O presidente da Assembléia chamou a atenção ainda para o risco de conflitos nas áreas assistidas pela programa, caso as frentes de emergência venham mesmo a ser extintas. “O risco de saques e outros confrontos é muito grande, porque a população não tem de onde tirar o sustento. Ou se faz algo logo, ou podemos voltar a assistir cenas lamentáveis”, afirma.
Durante todo o recesso parlamentar, José Marcos pretende intensificar as visitas e, ao final, fazer um relatório da situação no Sertão do Pajeú e no Agreste.
Esse documento será encaminhado ao secretário da Produção Rural e Reforma Agrária, André de Paula; ao superintendente da Sudene, Marcos Formiga; e ao governador Jarbas Vasconcelos.
“Precisamos de uma ação conjunta, primeiro para manter as frentes até junho desse ano. Em seguida, para assegurar alternativas para o sustento da população sertaneja que já vem sendo penalizada com a seca há muito tempo”, entende o presidente da Assembléia. “A gente, que é daquela região e que tem um contato mais de perto com o agricultor, é que sabe o quão desolador é a situação dessa população”, lamenta.