Comissão sai em defesa do Itep Diante da iminente transformação de instituições públicas estaduais em Agências Executivas e Organizações Sociais, a Comissão de Ciências, Tecnologia e Informática da Assembléia Legislativa resolveu assumir a defesa de órgãos que produzem conhecimento e serviços em prol do desenvolvimento de Pernambuco. O presidente do colegiado, Garibaldi Gurgel (PMDB), voltou a visitar, essa semana, as instalações do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITEP) e se mostrou impressionado com os resultados da tecnologia de ponta aplicada em seus laboratórios.

Acompanhado do presidente do ITEP, Fábio Bueno, Gurgel conheceu as principais atividades e pesquisas ligadas às áreas de química, engenharia civil, biotecnologia e engenharia industrial. Gurgel assinalou a importância, por exemplo, do trabalho do Laboratório de Toxicologia – único do gênero no Norte/Nordeste – ,que monitora o nível de agrotóxico das frutas exportadas pelo Vale do São Francisco. Também elogiou a qualidade do Laboratório de Química Ambiental, dotado de equipamentos de alta precisão na análise de águas servidas, potável e mineral.

Mudança – Outras iniciativas tecnológicas de baixo custo e fácil aplicação também devem ser divulgadas por Gurgel na Assembléia. Um exemplo são os produtos do Laboratório de Tecnologia Habitacional, que vem desenvolvendo e testando novos componentes da construção civil, como tijolos de encaixe, bacias sanitárias em cimento, purificadores de água movidos a energia solar e o uso do gesso como revestimento. O projeto das incubadoras tecnológicas, pequenas empresas que recebem assistência técnica, gerencial e mercadológica do ITEP por dois anos, também foi elogiado.

“Estou convencido de que o ITEP é um órgão de fundamental importância, estratégico para o desenvolvimento de Pernambuco”, comentou Gurgel. No relatório sobre a visita, a ser elaborado pela Comissão de C&T, o parlamentar pretende convencer o Legislativo da relevância do ITEP dentro do novo modelo de desenvolvimento econômico planejado para o Estado a partir de 2000. Quanto a sua transformação em Organização Social, Gurgel diz que a mudança ainda é incerta, podendo haver apenas ajustes na estrutura administrativa, a fim de ampliar e modernizar seu quadro técnico. (Simone Franco)