Frente Parlamentar debate políticas públicas de trânsito no Estado

Em 16/08/2017
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Cerca de 70% das vítimas de acidentes de moto atendidas no Hospital da Restauração, no Recife, não têm habilitação para dirigir. Mais de 10% delas termina deficiente. Os dados, de 2010, foram apresentados pelo coordenador do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco, Hélio Calábria, em reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência, realizada nessa quarta. O encontro discutiu políticas públicas de trânsito no Estado. O comandante do Batalhão de Trânsito, tenente coronel Raul Cavalcante, destacou a importância da fiscalização. Segundo ele, a maior parte das ocorrências se dá por falta de habilidade dos condutores.“A partir do momento que eu tiro aqueles condutores que não são habilitados e aqueles que estão também transitando com motocicletas irregulares, eu estou reduzindo o número de acidentes.” 

A municipalização do trânsito foi pauta de debate. O coordenador do Programa de Educação para o Trânsito da CTTU, Francisco Irineu, defendeu a iniciativa. A relatora da Frente, deputada Laura Gomes, do PSB, também se posicionou a favor. Roberta Arraes, do mesmo partido, foi contra. Ela alertou para as dificuldades do processo e afirmou que tal responsabilidade não cabe aos prefeitos. Para a coordenadora da Frente, deputada Terezinha Nunes, do PSDB, a municipalização tem um viés político. ”Quando o prefeito assume o trânsito, ele vai ter que recolher as motos que estão irregulares, ele vai ter que aplicar multa. Então, isso tudo pra um prefeito de um município ele fica com receio do que isso vai trazer pra imagem dele. Agora, não enxerga que, quando ele municipaliza, ele está salvando vidas”. A parlamentar ainda ressaltou a necessidade de um banco de dados unificado entre municípios e o Estado.