Cobranças ao Governo do Estado sobre a reativação do Conselho de Economia Popular Solidária, a destinação de recursos para o setor e o fortalecimento das feiras agroecológicas pautaram a reunião da Frente Parlamentar da Economia Solidária, nesta terça.  O grupo discute na Alepe esse modelo econômico baseado na cooperação, na autogestão e na solidariedade. A ideia é promover o bem-estar social, a justiça e a sustentabilidade, em detrimento do lucro individual.

O deputado Doriel Barros, do PT, que coordena os trabalhos, defende que o segmento seja prioridade nas discussões e pautas do Executivo Estadual. “Pernambuco não pode abrir mão da economia solidária, como sendo fundamental para fortalecer o desenvolvimento de Pernambuco, como estratégia política de Estado.”

O Conselho Estadual de Economia Popular Solidária, instituído por lei estadual em 2008, foi desativado em 2017. A entidade tinha como objetivo deliberar e propor diretrizes, políticas e ações de fomento. Luciano Duque, do Solidariedade, destacou que a retomada do órgão é fundamental para o  acompanhamento e a fiscalização de políticas públicas. “A gente sabe que o conselho é consultivo, mas o Estado precisa oferecer políticas públicas na área da economia solidária para fortalecer quem faz e tem como instrumento, as cooperativas, as associações que já trabalham com essa temática.”

No mesmo sentido, a deputada Rosa Amorim, do PT, ressaltou que apenas com o conselho ativo será possível dar voz às cooperativas, agroindústrias e organizações semelhantes. Ela cobrou também que Pernambuco tenha um orçamento próprio para o setor. A representante do Fórum Estadual de Economia Solidária, Alzira Medeiros, cobrou a aplicação da Política Estadual de Fomento à Economia Popular Solidária e o retorno do Conselho Estadual. “O Governo do Estado é  devedor da política, está devedor da justiça social, devedor do seu compromisso de gestão pública em relação ao encaminhamento da política de economia solidária do Estado de Pernambuco .”

O representante do Governo na reunião, Jesaias Pacheco, garantiu o diálogo com as entidades representativas, a retomada do conselho e investimentos para o setor. “Todos os órgãos que trabalham não só a economia, como a agricultura e todos os setores importantes para o trabalhador e trabalhadora do Estado estão juntos para dialogar e trazer para concluir um trabalho integral, que não fique lacuna e que não fique nenhum movimento de fora, dessa nossa corrente que estamos fazendo aí, dessa nova gestão.”