Os duzentos anos de um movimento revolucionário que marcou a história do estado de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil foram celebrados nesta terça, em reunião solene no Plenário da Assembleia Legislativa. A cerimônia comemorou o legado da Confederação do Equador para a fundação da democracia brasileira, e contou com a entrega de 54 medalhas a diversas autoridades e aos deputados estaduais da vigésima legislatura. 

A Confederação do Equador, que teve Frei Caneca como um dos principais líderes, foi uma reação à manutenção do império como forma de governo no Brasil independente. O presidente da Alepe, Álvaro Porto, do PSDB, fez um discurso em que detalhou como os confederados insurgiram-se contra uma série de medidas autoritárias implantadas por D. Pedro I. A mobilização, contudo, foi derrotada pelas tropas do imperador, e seus líderes, mortos. Apesar do desfecho, Porto ressaltou a relevância do movimento. “Entretanto, a herança de Frei Caneca e da Confederação do Equador foi além. Os embriões dos sentimentos de patriotismo, independência e, principalmente, da democracia, representada pelos três poderes constituídos, floresceram. E, hoje, estamos aqui reafirmando estes valores simbolizados nestas medalhas destinadas a cada um dos deputados desta Casa, e a personalidades e instituições.”

Representando o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o desembargador Eduardo Sertório discursou em nome dos representantes de instituições e entidades agraciadas. O magistrado prestou homenagem aos bravos pernambucanos que em 1824 enfrentaram o autoritarismo com destemor, por um Brasil mais justo e democrático. “Que a história da Confederação seja sempre lembrada como um exemplo de bravura, idealismo, e inspire as futuras gerações a construir um Brasil mais unido, justo e fraterno.”   

O Tribunal de Contas de Pernambuco, a Defensoria Pública Estadual, o Ministério Público de Pernambuco e a Amupe, Associação Municipalista de Pernambuco, também estão entre as instituições e entidades homenageadas.