Enquete: Opine sobre projeto de estímulo ao transporte coletivo na Região Metropolitana

Em 30/04/2025 - 11:04
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MOBILIDADE– Transporte coletivo reduz congestionamentos e emissões na Região Metropolitana. Foto: Paulo Maciel – Consórcio Grande Recife

Priorizar o transporte coletivo é uma das diretrizes do Projeto de Lei (PL) nº 63/2023, em tramitação na Alepe. A proposta institui diretrizes para a promoção de políticas públicas de mobilidade metropolitana no Estado de Pernambuco.

O texto prevê também a priorização de transportes públicos não poluentes, além do estímulo ao uso de bicicletas, patinetes e motonetas. 

Autor do PL, o deputado Romero Sales Filho (União) ressalta que “é dever do Estado facilitar a mobilidade das pessoas na Região Metropolitana”.

Uma nova enquete no site da Alepe quer ouvir a população a respeito do tema. A consulta ficará aberta até o dia 16 de maio.

Enquete

O PL 63/2023 institui a priorização do transporte coletivo na Região Metropolitana. Na sua opinião, a proposta pode gerar resultados positivos?
Sim, pode incentivar melhorias na mobilidade

Não, duvido da eficácia no contexto atual

Não tenho opinião formada



Vantagens

A principal vantagem do transporte coletivo é a capacidade de transportar um número maior de pessoas em um número menor de veículos. A redução de engarrafamentos e a melhora da qualidade do ar são destacadas pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) como resultado da opção pelo modal, além da redução de acidentes. “Isto decorre do fato de a operação do transporte público de qualidade ser mais cuidadosa em relação aos condutores e à manutenção dos veículos”, defende em seu site.

O transporte coletivo brasileiro, no entanto, vem perdendo passageiros. Pesquisa sobre mobilidade urbana realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), em 2024, mostrou que as pessoas estão trocando o ônibus por veículo próprio ou por aplicativos. No estudo, 29,4% dos entrevistados afirmaram ter parado totalmente de usar o ônibus nos últimos anos (2017-2024), e 27,5% diminuíram o uso. Atualmente, menos de um terço da população brasileira (32,1%) continua como demanda cativa desse meio de transporte. Em 2017, o percentual era de 56,3%.

Baixo conforto, falta de flexibilidade (rotas e horários) e elevado tempo de viagem foram os motivos mais mencionados para o abandono do ônibus. De acordo com a pesquisa, a redução do uso do coletivo foi mais significativa justamente nas classes em que o modal era mais utilizado. Quando questionados sobre o que seria necessário para retornar a utilizar o ônibus, a maioria (26,6%) respondeu que “nada me faria voltar a utilizar”. Entre os usuários, 52,7% responderam que utilizam o coletivo porque “é a única alternativa de transporte disponível”.

A pesquisa mostrou, ainda, a popularização do transporte por aplicativo, com uso que passou de 1%, em 2017, para 11,1% dos entrevistados em 2024. As principais motivações para escolha desse meio foram: rapidez, flexibilidade e conforto. Além do aumento do uso de moto própria, com adesão que dobrou no período, passando de 5,1% para 10,9%.