
VOLUNTARIADO – Criada por movimentos sociais, ação ajudou milhares de famílias a enfrentarem o problema da fome durante a pandemia da Covid-19. Fotos: Giovanni Costa.
Uma sessão solene, nesta segunda (11), marcou os quatro anos de existência do projeto ‘Mãos Solidárias’. Criada em março de 2020, a partir da soma e do esforço de diversos voluntários, movimentos populares e organizações sociais, a iniciativa foi uma resposta à chegada da pandemia da Covid-19 e aos desdobramentos que o novo coronavírus traria para as populações mais vulneráveis do Estado.

EXEMPLO – Deputada Rosa Amorim propôs a homenagem: “Que esse trabalho sirva de inspiração para todos nós”.
A homenagem foi uma proposição da deputada Rosa Amorim (PT), que destacou o trabalho de solidariedade que o ‘Mãos Solidárias’ tem realizado em favor do povo pernambucano. “Estamos aqui para celebrar as conquistas do ‘Mãos Solidárias’, que surgiu durante a pandemia com objetivo de ajudar o povo a enfrentar um dos principais problemas daquele período: a fome. Hoje, os frutos dessa ação estão presentes nas mais 17 cozinhas solidárias populares, hortas comunitárias e bancos populares de alimentos espalhados por várias partes do Estado. Que esse trabalho sirva como inspiração para todos nós e, mais do que isso, ajude-nos a superar a fome e a pobreza em Pernambuco”, disse Amorim.
A solenidade contou com apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores e colaboradores da Alepe, e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Brigada Dom Hélder Câmara.
Entre os presentes, estavam o deputado João Paulo (PT), o reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão; a coordenadora estadual do Mãos Solidárias, Fabiola Amaro dos Santos; a representante da Cozinha Popular Solidária Vila dos Milagres Joseleide Lins da Silva; a representante da Cozinha Popular Solidária Vale da Paz Luciene de Barros Barbosa; e a médica sanitarista, professora e pesquisadora da Fiocruz Pernambuco e da UPE, Paulette Albuquerque Cavalcanti.

CONTINUIDADE – “Trabalho permanece nas ações que mantemos em comunidades pernambucanas”, relatou Fabiola Amaral, coordenadora do Mãos Solidárias.
“Essa homenagem da Alepe é um reconhecimento ao sério trabalho que fizemos no período mais crítico da pandemia e que, atualmente, está presente nas ações permanentes que mantemos nas comunidades pernambucanas”, afirmou Fabíola Amaro, que coordena a iniciativa no Estado.
Mãos Solidárias – Durante a pandemia, a ação solidária foi responsável por distribuir máscaras, cestas básicas, marmitas com refeições, ajudou a criar hortas comunitárias para a produção de alimentos e formou agentes populares de saúde para educar e cuidar a população nas comunidades a se prevenir contra o coronavírus.
Ao longo dos últimos quatro anos, o projeto ampliou as parcerias que possibilitaram a distribuição de mais de 1,6 milhão de marmitas, totalizando 1.300 toneladas de alimentos arrecadados, além de terem formado mais de 1.500 agentes populares. A rede de colaboradores é formada pelo MST, Armazém do Campo, CUT, Fetape, ASA, Fiocruz, movimentos de juventude e luta por moradia, universidades públicas e privadas, igrejas protestantes e a Igreja Católica.