
SESQUICENTENÁRIO – Comandante João Campos Ferreira Filho (II Comar) recebe placa comemorativa dos deputados Débora Almeida e Coronel Alberto Feitosa. Fotos: Giovanni Costa.
A passagem dos 150 anos de Santos Dumont, comemorada no último dia 20 de julho, foi marcada por uma Sessão Solene promovida pela Alepe nesta última quarta-feira (9). O evento, proposto pelo deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) e realizado no Auditório Sérgio Guerra, celebrou a genialidade e inventividade do patrono da Força Aérea Brasileira (FAB) e pai da aviação.
“Esse brasileiro, que impressionou a França, foi o gênio inventivo e criativo que dedicou sua vida à aviação, tornando-se o primeiro aeronauta a alcançar a dirigibilidade dos balões e a voar num aparelho mais pesado que o ar com propulsão própria. Ele é o primeiro aviador brasileiro”, disse Feitosa durante a homenagem.
A deputada Débora Almeida (PSDB) presidiu a cerimônia, que contou com a apresentação da Banda Musical da Aeronáutica.
Responsável pelo Segundo Comando Aéreo Regional (II Comar), o comandante João Campos Ferreira Filho destacou que o homenageado “é um herói nacional, não só para a FAB, mas para todo o país”. “Por isso, estamos promovendo uma série de atividades em comemoração aos seus 150 anos. No Recife, já tivemos uma exposição no Shopping Guararapes, uma série de palestras sobre Santos Dumont nas escolas e, em breve, além de uma corrida pelas ruas da cidade, haverá um grande concerto da Orquestra Sinfônica da Aeronáutica”, disse o Major Brigadeiro Campos.
Compareceram à solenidade: Major Salvador Alberto Rocha (representando o Comando Militar do Nordeste), Cel. Jamerson Pereira (PMPE), Cel. Carla Regina Marchon (Diretora do Hospital da Aeronáutica do Recife), Capitão Alexandre Lira (Diretor do Hospital Naval do Recife) e Hercílio Mamede (Chefe da Casa Civil do Estado de Pernambuco).

GENIALIDADE – “Inventor brasileiro deu importantes contribuições para a aviação em todo mundo”, afirmou o deputado Feitosa.
Vida e obra – Nascido em Palmira (MG), no dia 20 de julho de 1873, Alberto Santos-Dumont pertencia a uma tradicional família portuguesa. Tendo fascínio desde pequeno pela engenhosidade das máquinas, que existiam em grande quantidade na fazenda dos seus pais, os estudos de Dumont sempre foram direcionados para mecânica, física, química e eletricidade.
Aos 15 anos, o sonho de voar de Alberto subiu aos céus de São Paulo, graças a um voo com balão livre. Com 18 anos e emancipado pelo pai, ele foi para Paris completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar.
Ao chegar à capital francesa, o jovem se admira com os motores de combustão interna a petróleo que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e compra um para si, investigando todo o seu funcionamento. Logo estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris.
“Depois de realizar testes e sofrer vários acidentes, ‘le petit Santos’, como era conhecido pelos parisienses, conseguiu, em 19 de outubro de 1901, realizar o voo em torno da Torre Eiffel, recebendo o Prêmio Deutsch ao provar que o homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares”, relembrou Alberto Feitosa.
14-Bis – O mais célebre avião de Santos Dumont, o 14-Bis, efetuou dois voos no Campo de Bagatelle, em Paris. No primeiro, em 23 de outubro de 1906, voou pouco mais de 60m de distância, a três metros de altura. No segundo, em 12 de novembro de 1906, o brasileiro conseguiu voar 220m.
Com esse feito, Santos Dumont ganhou a “Coupe d’Archdeacon” pelo primeiro voo controlado oficialmente com um aparelho mais pesado do que o ar.
No campo da aeronáutica, o trabalho do inventor brasileiro é expressivo. Além disso, ele colaborou com outros inventos, como o primeiro motor a explosão de cilindros opostos, e motivou a criação de outros objetos, como o relógio de pulso.
“Assim, o dia 20 de julho de 2023 é representativo para toda a Nação, e em especial para a Força Aérea Brasileira (FAB), pois se comemora o 150º aniversário de nascimento de seu patrono, Alberto Santos Dumont, o precursor daquela que seria considerada uma das invenções mais extraordinárias da história, e que impulsionou a indústria aeronáutica: o avião”, finalizou o deputado Alberto Feitosa.