Alberto Feitosa responsabiliza Estado por atraso em obras de abastecimento

Em 10/11/2021 - 16:11
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PROBLEMAS – “Empreendimentos não andam por incompetência do Executivo e indícios de mau uso do dinheiro público.” Foto: Nando Chiappetta

Em discurso na Reunião Plenária desta quarta (10), o deputado Alberto Feitosa (PSC) responsabilizou o Governo de Pernambuco por atrasos em obras de abastecimento hídrico, como as do Ramal do Agreste e das barragens de Cupira e de Lagoa dos Gatos, na mesma região. De acordo com o parlamentar, a União vem cumprindo com as contrapartidas exigidas pelos projetos.

“Os empreendimentos não andam por causa da incompetência do Executivo estadual e por indícios de mau uso do dinheiro público. Falta capacidade de gerenciamento, o que vem atrapalhando os pernambucanos”, criticou. Segundo ele, a gestão de Jair Bolsonaro repassou R$ 248,2 milhões para a conclusão do Ramal do Agreste, que estaria parado devido a problemas com as empreiteiras contratadas pelo Estado.

“As empresas abandonaram o projeto e as novas licitações foram desertas. O fato é que Pernambuco contrata companhias com pouca capacidade de cumprir os compromissos, enquanto as ações tocadas pelo Governo Federal estão avançando”, comparou. O deputado condenou, ainda, o planejamento das intervenções: “Começaram a construir as tubulações a partir das cidades em direção ao Ramal. Se fosse o contrário, muitas pessoas já estariam com água”.

Quanto às barragens, o parlamentar informou que os impeditivos estão relacionados ao descumprimento de exigências técnicas listadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “O que a Controladoria Geral do Estado está fazendo para solucionar esta questão?”, provocou Feitosa.

Em aparte, o deputado Antônio Moraes (PP) registrou o impacto da inflação na paralisação de obras pelo País. “Vimos um aumento de quase 100% no valor do cimento e do ferro durante a pandemia, fora o incremento no preço do combustível. As construtoras não têm condições de tocar obras com orçamentos fechados anos antes, exigindo a renegociação dos contratos”, explicou.