
PANDEMIA – “Afastamento tem provocado lacunas curriculares e interferido na socialização das crianças, mas precisamos preservar vidas.” Foto: Roberto Soares
A deputada Teresa Leitão (PT) apresentou, na Reunião Plenária desta quinta (18), a carta do Fórum de Parlamentares de Comissões de Educação das Assembleias Legislativas. O documento, aprovado ontem, elenca medidas para garantir o retorno seguro das atividades educacionais presenciais e será levado a Brasília no dia 24.
A carta manifesta receio com a proliferação do novo coronavírus nas escolas, citando a lentidão da vacinação da população e a precariedade das condições sanitárias das escolas. Também critica a falta de equipamentos de proteção individual e a ausência de treinamento para os trabalhadores em educação aplicarem os protocolos sanitários.
Por isso, recomenda prioridade à imunização desses profissionais, períodos de desinfecção das escolas e do transporte escolar, bem como garantias de condições para a proteção individual e o distanciamento necessários. Ainda defende, entre outras ações, o fornecimento, a adequação ou a atualização de equipamentos digitais para professores e estudantes, com a manutenção de atividades remotas.
Segundo Teresa Leitão, parlamentares de 15 Estados já assinaram o documento, que deverá ser entregue a autoridades do Congresso Nacional, Ministério da Saúde, Ministério Público, Defensoria Pública e Supremo Tribunal Federal. Ela lamentou que o número de mortos pela Covid-19 no Brasil aproxime-se de 250 mil pessoas.
“Desejamos que a ida a Brasília seja repleta de êxito, para retomarmos as aulas presenciais. O afastamento tem provocado lacunas curriculares de difícil recomposição e interferido na socialização das crianças, mas precisamos preservar as vidas”, prosseguiu a petista.
Em aparte, ao ilustrar a lentidão no processo de imunização brasileiro, o deputado Antonio Fernando (PSC) comparou o País aos Estados Unidos: “Com 328 milhões de habitantes, eles já vacinaram 12% da população, enquanto nós temos apenas 210 milhões e vacinamos apenas 2%”, observou. “Os EUA tiraram o presidente que não prestava, e é isso que precisamos fazer agora”, comentou João Paulo (PCdoB).